Ferrovias

Cofco investe R$ 1,2 bilhão em transporte para o agro brasileiro

O objetivo do projeto é aumentar a eficiência do transporte de açúcar e grãos

Terminal Export Cofco
Terminal Export Cofco. Foto; Divulgação

A trading agrícola chinesa Cofco International vai investir R$ 1,2 bilhão na expansão de suas operações logísticas no Brasil, com a compra de 979 vagões e 23 locomotivas para transportar grãos e açúcar até o TEC (Terminal Export Cofco), no STS-11, localizado no Porto de Santos (SP). Os produtos vão ser transportados na malha Rumo.

O objetivo do projeto é aumentar a eficiência do transporte de açúcar e grãos em ferrovias, disse Fabrício Degani, diretor de logística para a divisão de grãos e oleaginosas da Cofco Intenational no Brasil, ao “Globo Rural”.

Segundo ele, os investimentos também vão ajudar a diminuir a dependência do transporte rodoviário e as emissões de gases do efeito estufa, representando um avanço importante para a logística do país.

A empresa estima que os novos vagões e locomotivas vão ter capacidade de transportar até o Porto de Santos, por ano, 4 milhões de toneladas de grãos e farelo, provenientes do Centro-Oeste, e de açúcar, com origem no interior de São Paulo. Em transporte rodoviário, esse volume demandaria 100 mil viagens de caminhão, afirma a empresa.

Detalhes sobre os novos vagões e locomotivas da Cofco

A nova frota deve começar a ser entregue em março deste ano e iniciar operação plena até o fim de março de 2026. As locomotivas vão ser produzidas pela Wabtec, com fábrica em Contagem (MG), enquanto os vagões são fabricados na Greenbrier Maxion, em Hortolândia (SP), informou o “Globo Rural”.

A Cofco prevê uma redução de 80% em sua emissão de gases do efeito estufa, comparando-se ao uso de caminhões, como resultado do investimento.

A companhia também investiu US$ 285 milhões na expansão do STS-11, após ter vencido o leilão de arrendamento do terminal agrícola, em 2022. O objetivo é aumentar a capacidade de exportação do terminal de 4,5 milhões para 14,5 milhões de toneladas por ano até 2026, segundo informações do “Globo Rural”.