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Colheita de soja no Brasil chega a 61%; milho atinge 54%

Enquanto isso, na quinta-feira (6) o plantio da safrinha de milho chegou a 92% da área estimada no Centro-Sul

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Foto: Freepik/Soja

A colheita da safra 2024/25 de soja no Brasil chegou a 61% da área plantada na quinta-feira (6), ante 50% na semana anterior e 55% no mesmo período de 2024, apontam dados da AgRural. Em Mato Grosso, a colheita poderia ter avançado mais se não fossem as chuvas acumuladas em algumas regiões do estado.

Nos outros estados produtores, a colheita avança em forte ritmo. Porém, as atenções estão voltadas para o Rio Grande do Sul, que está perdendo produtividade em razão da estiagem e do calor.

Enquanto isso, na quinta-feira (6) o plantio da safrinha de milho chegou a 92% da área estimada no Centro-Sul, contra 80% na semana anterior e 93% no mesmo período de 2024, também segundo a AgRural. Com a semeadura chegando próxima ao fim, agricultores estão focados no desenvolvimento das áreas.

Em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo, o clima mais quente preocupa. Enquanto isso, Mato Grosso tem condições excelentes para o milho.

A AgRural também divulgou dados sobre o milho verão 2024/25 no Centro-Sul, com uma colheita que chegou a 54% na quinta-feira (6), contra 46% na semana anterior e 57% na comparação anual.

Café: preços podem ficar mais baixos até o final do ano

Há uma expectativa no mercado de que os preços do café caiam cerca de 30% até o final deste ano, motivada por uma projeção de queda no consumo em razão da escalada dos preços e expectativas de uma melhora na safra brasileira no ano que vem. Isto é o que aponta uma pesquisa da “Reuters” com 12 analistas.

A expectativa dos entrevistados é de uma queda de 6% nos preços do café arábica ao final de 2025, em relação ao final do ano passado, e de cerca de 30% em relação aos preços atuais.

“As respostas apontaram para uma queda de 30% nos preços em Nova York e uma queda de 28% nos preços em Londres, então Nova York recuaria para 295 centavos de dólar por libra-peso”, explica o gerente de Inteligência de Mercado de Café da StoneX, Fernando Maximiliano.

Há expectativas de quedas nos preços devido especialmente à safra brasileira de canéforas, com uma projeção de safra maior que a do ano passado. “Isto deve aliviar um pouco o quadro mais apertado do arábica”, comenta o presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Márcio Ferreira.

Nesse contexto, agentes do mercado estão atentos especialmente ao clima. “Estamos torcendo por um clima ameno, com chuvas significativas até a aproximação do período de colheita, para passarmos ilesos pela época de frio, quanto há risco de geada”, diz Ferreira.