Amenizar impactos das tarifas

ES lança crédito rural de R$10 bi para apoio a setores

Segundo o governador, foram dadas diretrizes para priorizar setores que possam ser impactados por tarifas dos EUA

Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Foto: Divulgação/ PSB
Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Foto: Divulgação/ PSB

O governo do Espírito Santo lançou o Novo Plano de Crédito Rural 2025/26, de R$ 10 bilhões, em paralelo à assinatura de um projeto de lei que autoriza o uso de crédito outorgado de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no meio rural.

Em evento, o governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que a gestão estadual determinou diretrizes para que a linha de crédito seja priorizada para setores que possam ser impactados pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump.

“O crédito equalizador com juros adequado ajuda muito os produtores a enfrentarem momento de dificuldade. Estamos colocando R$ 10 bilhões à disposição para conseguirmos manter e ampliar nossa produção”, disse Casagrande.

Plano de crédito rural

A meta para o novo ciclo é de alcançar ao menos R$ 9,8 bilhões em crédito aplicado, superior aos R$ 8,98 bilhões da safra 2024/25.

Entre as próxima fase, está o Programa de Financiamento de Pequenas Barragens, que prevê aporte de R$ 60 milhões em obras de pequenas barragens, com juros de 4% ao ano para a agricultura familiar. 

O estado do Espírito Santo está entre os estados mais impactados, de forma proporcional, pelo tarifaço dos EUA.

Parcerias comerciais

Em 2024, os EUA eram os principais parceiros comerciais do Espírito Santo: 28,6% (US$ 3,1 bilhões) de tudo que foi exportado pelos capixabas teve como destino os EUA. A distância com o segundo colocado, a Malásia, é surpreendente: o país asiático captou 6,1% (US$ 655,9 milhões) das exportações do ES.

Minério de ferro (27,9% das exportações totais do ES), produtos de ferro e aço (15,3%) e celulose (10,2%) estão entre os produtos que sofreram isenção da tarifa de 50% de Trump, sendo taxados, apenas, com uma alíquota básica de 10%.

No entanto, o café não torrado, produto que representa 18,7% das vendas estaduais, deve ser atingido pela taxa mais dura, que está prevista para entrar em vigor nesta quarta-feira (6).