Continuidade em risco

Grupo Safras tem pedido cautelar negado e agrava crise

A tentativa era de proteger as três empresas que fazem parte do grupo de ações de seus credores de realizar bloqueios ou retiradas de recursos

Fonte: Divulgação
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Em um novo capítulo da crise financeira que atinge o Grupo Safras, o grupo teve pedido de tutela cautelar negada na justiça do Mato Grosso. A tentativa era de proteger as três empresas que fazem parte do grupo de ações de seus credores de realizar bloqueios ou retiradas de recursos.

A justiça também negou uma decisão de reintegração de uma esmagadora de grãos que pertencia a uma subarrendada do grupo. A juíza Giovana Pasqual de Melo informou que não se encontram preenchidos os requisitos legais para concessão da medida.

Contudo, a autoridade indicou que os requerentes abrissem processo na comarca do Rio de Janeiro, alegando “economia processual”. Os advogados do grupo justificaram o fracasso da incorporação da esmagadora a urgência da medida cautelar.

Segundo informações do portal AgFeed, os representantes jurídicos do grupo alegaram que a planta industrial é de extrema necessidade para o funcionamento da cadeia de produção e sua ausência implica “risco de solução de continuidade”.

O dilema da planta está em contratos de arrendamento e subarrendamento dentro de várias empresas.

Fiagros: Grupo Safras deve pedir recuperação judicial em breve

Os Fiagros (fundos do agronegócio) parecem não ter conseguido deixar o negativismo vivido em 2024 para trás e encaram um cenário semelhante no início de 2025. Recentemente, o Grupo Safras foi mais um a anunciar que enfrenta uma crise financeira bilionária. 

A empresa do ex-prefeito de Sorriso (MT), Dilceu Rossato, se prepara para pedir recuperação judicial para tentar renegociar R$ 2 bilhões em dívidas, conforme apuração do site “The AgriBiz”.

Anteriormente, o AgroGalaxy e o Grupo Portal Agro já haviam recorrido à recuperação judicial para lidar com dívidas milionárias. 

O Grupo Safras comprou as operações da Copagri, cooperativa de produção agropecuária, agroindustrialização e comércio do Paraná em 2023. Além de deter o controle da empresa, o Grupo também assumiu um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) de R$ 150 milhões.

Pelo menos dois Fiagros têm esse CRA em suas carteiras, o Itaú Asset Rural Fiagro Imobiliário (RURA11), gerido pelo Itaú Asset, e o Vectis Datagro Crédito Agronegócio Fiagro (VCRA11), da gestora Vectis.