Seguro

Indenização por perdas em máquinas agrícolas cresce 25%

Nos últimos cinco anos, as seguradoras pagaram R$ 2,8 bilhões em indenizações por problemas em máquinas agrícolas

indenização por perdas em máquinas agrícolas cresce
Foto: Tony Oliveira / Arquivo CNA

As seguradoras pagaram R$ 842,3 milhões em indenizações por danos em máquinas agrícolas em 2024, o que representa uma alta de 25,4% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Entre as razões para o aumento estão os prejuízos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Além disso, diferentes estados passaram por queimadas e incêndios no ano passado.

Nos últimos cinco anos, as seguradoras pagaram R$ 2,8 bilhões em indenizações por problemas em máquinas agrícolas.

Os alagamentos no Rio Grande do Sul foram os principais causadores do aumento, uma vez que geraram um grande número de equipamentos com perda total na região, disse Fábio Damasceno, integrante da FenSeg (Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais), ao “Globo Rural”.

As perdas no Brasil foram agravadas por incêndios e altas temperaturas causadas por eles, afirmou Damasceno. No estado de São Paulo, canaviais e cafezais foram destruídos.

Maior perda e indenização deve levar a um aumento na procura por seguro em 2025

Com os prejuízos de 2024, é esperado que a contratação de seguro rural para máquinas agrícolas aumente em 2025. Esse movimento também deve ser impulsionado pela alta nos preços das commodities agrícolas, diz Damasceno, uma vez que incentiva produtores a renovarem suas máquinas.

Já que um terço das compras de máquinas agrícolas no Brasil ocorre por meio de financiamento por bancos, que exigem seguro, as expectativas de aumento na contratação desses serviços são reforçadas, lembrou Pedro Estevão, presidente da Abimaq (Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), ao “Globo Rural”.

A indústria de máquinas e equipamentos agrícolas está se recuperando após uma queda nas vendas em 2024. Em janeiro, as comercializações do setor atingiram R$ 4,2 bilhões, o que representa uma alta de 23,3% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Abimaq.

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