As indústrias têm demonstrado um maior interesse na compra de algodão, apontou estudo do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP. Os empreendimentos têm buscado o produto para atender necessidades imediatas de matéria-prima e/ou repor estoques.
Também cresce o número de acordos e contratos a termo para envio nas próximas semanas, segundo o Cepea. Esses players encontram vendedores disponibilizando novos lotes no spot e flexíveis nos valores para fechar algumas negociações.
A cotação do algodão era de R$ 4,1043 a libra-peso nesta terça-feira (28), pelo indicador Cepea/Esalq. Isto representa uma queda de 2,16% se comparado ao início deste mês.
Produtores estão atentos ao cultivo da safra e ao clima, com chuvas em Mato Grosso que têm desacelerado a colheita da soja e o plantio de algodão da segunda safra. Isto deve aumentar o período de cultivo neste ciclo, de acordo com o Cepea.
Café: produção deve cair 4,4% em 2025, para 51,8 mi de sacas
A primeira estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra brasileira de café em 2025 prevê uma produção de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, o que representa uma queda de 4,4% em relação a 2024. Os dados foram divulgados pela companhia nesta terça-feira (28).
A expectativa de piora nos resultados pode ser explicada por uma restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração, afirmou a Conab, em relatório. A produtividade média no país deve ser de 28 sacas por hectare, rendimento 3% menor que o observado em 2024.
Já a área total destinada ao cultivo do grão no Brasil apresentou crescimento de 0,5%, alcançando 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão de hectares em produção e 391,46 mil hectares em formação.
As projeções para a safra atual apontam um cenário de maior restrição na oferta global de café, com estoques em patamares historicamente baixos e uma demanda crescente no mercado internacional, aponta a Conab.