
O PCAOB (Conselho de Supervisão de Contabilidade das Empresas Públicas dos Estados Unidos) multou a KPMG em US$ 3,37 milhões. O PCAOB impôs a multa devido a falhas nos processos de auditoria e monitoramento em nove escritórios globais, incluindo o Brasil.
A medida abrange escritórios da empresa em diversos países, como Canadá, Itália, Reino Unido e México.
O PCAOB apontou inconsistências em processos de monitoramento e qualidade, bem como problemas no envio de formulários de auditoria.
A KPMG Brasil, além disso, enfrentou dificuldades no preenchimento de formulários exigidos pelo regulador, como o FORM AP e FORM 2.
Resposta da KPMG
A companhia, por sua vez, afirmou ter corrigido essas falhas voluntariamente e garantiu que tais erros não afetaram as demonstrações financeiras dos seus clientes.
Em um comunicado oficial, a indústria de agronegócio lamentou as falhas de comunicação com os comitês de auditoria.
Além disso, destacou que tomou providências imediatas para corrigir os erros no preenchimento dos formulários e reiterou que esses problemas não impactaram as auditorias realizadas.
Repercussões das sanções na companhia
A multa aplicada também inclui os escritórios da empresa em outros países (Canadá, Itália, Israel, Reino Unido, México, Suíça, Austrália e Coreia do Sul) que se comprometeram a melhorar seus controles de qualidade e suas práticas internas.
A KPMG não admitiu nem negou as falhas, mas aceitou a multa e a censura pública imposta pelo regulador. Além disso, a empresa concordou em realizar ações corretivas para remediar os problemas detectados.
Para servir de exemplo
O PCAOB enfatizou a importância da transparência nos processos de auditoria e da rastreabilidade das auditorias realizadas.
A presidente da associação, Erica Williams, destacou que é fundamental que investidores e comitês de auditoria saibam exatamente onde e por quem as auditorias estão sendo feitas. A multa visa garantir que esses padrões sejam atendidos globalmente.