Balanço

Lavoro tem prejuízo de R$ 267,1 milhões no 1º trimestre fiscal

Alta de custos e dificuldades de liquidez prejudicaram a empresa

Lavoro
Foto: Divulgação / Lavoro

A distribuidora de insumos Lavoro teve um prejuízo líquido de R$ 267,1 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2025 (entre 1º de julho e 30 de setembro de 2024). No mesmo período do ano fiscal de 2024, o resultado negativo foi de R$ 71 milhões.

O prejuízo aumentou especialmente em razão do resultado negativo de R$ 152,1 milhões em ativos fiscais diferidos e de uma alta nos custos financeiros de R$ 60,7 milhões. A receita consolidada da empresa caiu 13%, para R$ 2,05 bilhões, com queda nos preços dos insumos no Brasil e dificuldades de liquidez, segundo a empresa.

A empresa está listada na Nasdaq e caiu 24% em dólares, para US$ 370,2 milhões, impactada pela desvalorização do real em relação ao dólar.

Enquanto isso, a companhia teve uma alta na margem bruta de 3,2%, alcançando 15,6%, motivada por melhores condições de distribuição no varejo agrícola brasileiro. Também registrou um crescimento no lucro bruto em reais de 10%, atingindo R$ 321,2 milhões. Porém, em dólares, houve queda no lucro bruto de 4%, para US$ 57,9 milhões.

O Ebitda ajustado da empresa em reais, de R$ 54,4 milhões, caiu 5%, impactado por custos com funcionários e previsões para inventário vencido.

Resultados da Lavoro por segmento

Na divisão por setores, o Crop Care cresceu 68% em receita, com um total de R$ 293,7 milhões, impulsionado pelas subsidiárias Union Agro e Perterra. Por sua vez, o varejo agrícola no Brasil caiu 23%, com desafios para o financiamento de estoque e restrições de crédito.

O sentimento dos agricultores a as previsões de lucros estão melhorando no país, mas os resultados da empresa foram afetados por restrições de liquidez no setor que se intensificaram no fim do ano, disse o CEO da Lavoro, Ruy Cunha, segundo informações do “Globo Rural”.

O setor também foi impactado pela recuperação judicial da Agrogalaxy, que aumentou a aversão ao risco dos fornecedores e instituições financeiras, disse Cunha, segundo o “Globo Rural”.

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