Nos dias 15 e 16 de abril de 2025, o município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, sediou o Cerrado Summit, o único evento preparatório para a COP30 realizado fora de uma capital brasileira. Organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Boston Consulting Group (BCG), World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o evento reuniu representantes do agronegócio, setor público e organizações internacionais para discutir soluções voltadas à agricultura regenerativa e à preservação do bioma Cerrado.
O evento reforça a posição estratégica da região na agenda climática nacional e internacional, projetando Luís Eduardo Magalhães como referência em práticas sustentáveis no campo e em inovação ambiental.
Para o empresário Rogério Faedo, a escolha da cidade como sede do Cerrado Summit é um marco:
“O fato de Luís Eduardo Magalhães estar recebendo este grandioso evento de pré-lançamento da COP 30, sendo a única cidade fora de uma capital a ter esse êxito, só corrobora o quão importante é nosso município e o quanto precisamos fazer muito mais para avançar ainda mais no agronegócio em geral, no bioma, entre outros setores”, afirmou Faedo.
Durante o evento, o conselheiro sênior do WBCSD, Marcelo Behar, destacou a importância do encontro:
“Na COP30 serão definidas metas globais e nacionais para enfrentar as mudanças climáticas. Esse encontro prévio é fundamental e traz ao Oeste baiano um conjunto de soluções para transformar a agricultura em uma atividade regenerativa. Estamos falando de instrumentos que envolvem finanças, ciência e políticas públicas, permitindo que o produtor aumente sua produtividade respeitando a natureza e gerando mais riqueza”, explicou.
O Cerrado Summit também marcou o lançamento do primeiro Acelerador de Paisagens promovido pela Aliança para Ação Regenerativa nas Paisagens (AARL). Arthur Ramos, sócio do BCG, apresentou o relatório “Resilience for the Future: How Brazil Can Lead the Regenerative Landscapes Revolution”, destacando o potencial da agricultura regenerativa para o Brasil e o mundo.
Moisés Schmidt, presidente da Aiba, ressaltou as ações sustentáveis desenvolvidas pela entidade e o comprometimento com a preservação do Cerrado
“Falo em nome de um setor que movimenta o mundo e reconhece o impacto que tem diante das mudanças climáticas. Temos um compromisso coletivo com o futuro. O Cerrado é um bioma rico, que passou por grandes transformações nas últimas décadas, acompanhando o avanço do agronegócio. Mas desenvolvimento e sustentabilidade não são caminhos opostos. A Aiba investiu mais de R$ 12 milhões em projetos de gestão hídrica com impacto direto na recuperação do bioma. Aqui, quem planta preserva”, afirmou.
Representando o Mapa, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Pedro Alves Corrêa Neto, ressaltou o potencial produtivo brasileiro
“O Brasil é um país vocacionado para a produção de alimentos, o que tem sido possível graças à ciência, à tecnologia aplicada ao campo e ao compromisso dos produtores rurais. O Cerrado ainda é uma fronteira a ser explorada de forma equilibrada. Que possamos sempre reconhecer o potencial produtivo com um olhar sustentável, mostrando que é possível produzir e preservar ao mesmo tempo”, declarou.
A programação do evento incluiu debates sobre o bioma Cerrado e a agricultura regenerativa, além de visitas a áreas de agricultura regenerativa e pontos turísticos de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. O Cerrado Summit reforça que o futuro da sustentabilidade no Brasil passa por onde o campo e a inovação caminham juntos — e esse lugar é Luís Eduardo Magalhães.
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