Os contratos de grãos estão em queda na bolsa de Chicago nesta sexta-feira (31), depois da confirmação de que o presidente dos EUA, Donald Trump, vai impor tarifas de 25% às importações do México e do Canadá a partir de sábado (1º). O mercado opera regido pela expectativa de que esta seja a primeira de várias medidas do tipo.
Por volta das 12h15 (horário de Brasília), o milho caía 1,55%, cotado a US$ 4,8210 por bushel. O México é o maior importador de milho do mundo e também o maior comprador do grão dos EUA. Dessa forma, operadores estão preocupados com possíveis retaliações do país latino-americano às tarifas.
Por sua vez, o trigo apresentava um recuo de 1,52%, a US$ 5,5740 por bushel. Os EUA também são um dos principais exportadores do grão para o México, com demanda de 5,80 milhões de toneladas para esta safra, segundo informações do USDA.
Outro fator relevante é o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas, o que pode diminuir a competitividade das exportações do país norte-americano.
Valor do café sobe para nível mais alto em 28 anos
O preço do café subiu para a sua maior cotação em 28 anos, quando a série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) passou a ser registrada.
O estudo do Cepea indicou que a cotação média da commodity era de R$ 2.315,44 por saca, aumento de 6,9% em relação a dezembro do ano passado, na cotação de R$ 2.154,88.
Essa elevação acompanha o preço da saca de 60 kg do tipo de café mais produzido e consumido no Brasil, o grão arábica. Esse grupo específico está em ritmo de alta nos preços desde 2024, após as safras terem sido prejudicada devido à seca, defasagem cambial e aumento das exportações.
A expectativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é que a produção de café do Brasil em 2025 chegue a 51,8 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 4,4% em relação a 2024.
Em paralelo a isso, a produção de arábica deve alcançar 34,7 milhões de sacas do café, queda de 12,4% sobre a safra anterior.
As adversidades climáticas, com restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração, que impactaram a produtividade, foram alguns dos fatores de impacto sobre a produção do grão de café.