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Após dois meses de alta, os preços do algodão em pluma se enfraqueceram em janeiro, conforme apontam levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. No acumulado do mês, o indicador do centro, com pagamento em 8 dias, caiu 1,92%, fechando a R$ 4,1143 por libra-peso em 31 de janeiro.
A média de janeiro foi de R$ 4,1567 por libra-peso, 0,26% acima da de dezembro do ano passado, mas 2,45% inferior à de janeiro de 2024, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de dezembro de 2024).
Segundo o Cepea, alguns vendedores estiveram ativos no spot nacional ao longo de janeiro, mas a demanda desaquecida explica o enfraquecimento das cotações. As novas aquisições foram pontuais, ocorrendo especialmente nas últimas semanas de janeiro.
Segundo pesquisadores do centro, agentes também estiveram focados na realização de novos contratos envolvendo a pluma ainda da safra 2023/24 com entrega nos próximos meses, e das próximas temporadas, como a 2024/25 e a 2025/26.
Algodão: Brasil deve ser maior exportador pela segunda vez
Os produtores de algodão brasileiros esperam consolidar o país como maior exportador mundial do produto, repetindo o feito do ano passado, mas com uma produção ainda maior, de 3,70 milhões de toneladas.
Isto representa um crescimento de 15,6% em relação à última safra, segundo dados do Icac (Conselho Consultivo Internacional do Algodão). Para a exportação, a Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão) projeta o mesmo volume atingido em 2024, de 2,8 milhões de toneladas.
Isto deve fazer com que o Brasil ocupe a posição de maior exportador do mundo pelo segundo ano seguido.
Com a safra 2024/25 do país em fase final de plantio, os produtores esperam ao menos uma repetição do tamanho do ciclo anterior, de 3,65 milhões de toneladas, diz o presidente da Anea, Miguel Faus. “Mas devemos esperar mais alguma semanas para ver a área realmente plantada”, comenta.
Os números finais de plantio ainda não estão fechados porque houve chuva durante a colheita de soja, o que dificultou o plantio da segunda safra, tanto de algodão quanto de milho. Projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam para uma alta de 3,2% na área plantada desta safra, atingindo 2 milhões de hectares de algodão.
“A área plantada nesta safra será maior que a da safra passada porque os produtores mais experientes têm conseguido margens de lucro do algodão superiores às da soja e milho“, comenta o coordenador executivo da Amapa (Associação Maranhense dos Produtores de Algodão), Wellington Silva.