Gripe aviária

Ovos: preços nos EUA podem subir 41% em 2025

Desde que o surto de gripe aviária começou, em 2022, foram abatidas 166 milhões de aves

ovos
Fonte: Freepick

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) considera que os preços dos ovos no país podem subir 41% neste ano, como reflexo do surto de gripe aviária. Em fevereiro, o preço médio atingiu um recorde de US$ 4,95 a dúzia (R$ 28,85, na cotação atual).

Segundo informações do “Estadão Conteúdo”, há lugares do país em que consumidores estão pagando US$ 1 por ovo.

Desde que o surto da doença começou, em 2022, foram abatidas 166 milhões de aves. O mês de janeiro deste ano teve um recorde de abates, de 19 milhões de galinhas poedeiras.

Na quarta-feira (26), a secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, apresentou um plano de cinco etapas para combater a doença e a alta nos preços dos ovos. A estratégia inclui investimentos de US$ 1 bilhão e importação de ovos.

Porém, Rollins afirma que pode demorar algum tempo para que os consumidores se beneficiem das medidas. Segundo ela, os preços devem continuar subindo até a Páscoa, quando a demanda costuma ser mais alta.

De acordo com a secretária, a pasta está em negociação para importar entre 70 milhões e 100 milhões de ovos nos próximos meses.

O plano também determina um investimento de US$ 500 milhões para reforçar a biossegurança nas granjas, US$ 400 milhões para produtores afetados pela doença e US$ 100 milhões para pesquisa e, possivelmente, desenvolvimento de vacinas para a gripe aviária.

Ovos: preços médios mensais atingem recordes

Depois de os valores diários dos ovos terem atingido patamares recordes, agora as médias mensais também são as maiores da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em termos nominais.

Em termos reais (IGP-DI de janeiro), os preços médios da parcial de fevereiro (até o dia 26) são recordes em Mirandópolis/Guararapes (SP) e na Grande Belo Horizonte (MG) – a série do Cepea se iniciou em 2013 nestas praças.

Nesta segunda quinzena do mês, agentes consultados pelo Cepea têm relatado desaceleração nas vendas para o varejo, reflexo do repasse dos expressivos aumentos ao consumidor final e do período do mês, em que o poder de compra da população tende a ser menor.

Apesar da redução no volume de negociações, os estoques da proteína seguem baixos. Porém, as cotações chegaram a ceder em algumas regiões nesta semana.

Segundo pesquisadores do Cepea, a quinta onda de calor prevista para os próximos dias acende um alerta para o setor, visto que isso compromete o bem-estar das aves, a produção e a qualidade dos ovos, especialmente a resistência da casca.

Colaboradores do Cepea afirmam que as temperaturas elevadas já estão resultando na mortalidade de galinhas em algumas regiões.

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