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Soja: preços fecham fevereiro em alta

Quanto aos derivados, levantamento do Cepea mostra que os preços do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas

soja
Foto: Arquivo CNA

Os preços da soja subiram no Brasil no encerramento de fevereiro, influenciados pelo aquecimento da demanda interna, de acordo com informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Segundo pesquisadores do centro, ainda que uma safra abundante esteja sendo colhida na América do Sul, preocupações com a produtividade das lavouras que ainda serão colhidas, o aumento dos custos logísticos e a sinalização por parte do USDA de uma possível menor área com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações domésticas.

Quanto aos derivados, levantamento do Cepea mostra que os preços do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas. De acordo com pesquisadores do Cepea, no caso do óleo, os valores subiram, impulsionados pela forte demanda, tanto para o setor alimentício quanto para a indústria de biocombustíveis.

Já para o farelo de soja, houve desvalorização, o que reflete a cautela dos compradores, que aguardam um maior avanço da colheita para negociar novos lotes.

Mesmo com a recente valorização, projeções apontam para uma queda nos preços, devido ao recorde de produção no Brasil.

A consultoria Hedgepoint Global Markets aumentou sua projeção para a produção de soja na safra brasileira 2024/25 para 171,5 milhões de toneladas, com expectativa de boa produtividade em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia. O volume deve levar a um recorde de exportações.

Soja: focado na colheita, produtor se afasta do comércio

Os produtores brasileiros estão focados na colheita da soja e, com isso, seguem mais afastados das negociações no spot e/ou evitando comercializar grandes volumes neste momento. As informações são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Segundo pesquisadores do centro, esses agentes estão incertos sobre tendência de preços para as próximas semanas, diante das condições climáticas adversas na Argentina e no Paraguai, que pode limitar a oferta desses países e favorecer as vendas do Brasil.

Compradores consultados pelo Cepea, por sua vez, também estão cautelosos, adquirindo pequenos volumes para suprir necessidades imediatas. Demandantes esperam que a safra recorde no Brasil resulte em melhores oportunidades de negócios nos próximos dias.

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