A produção da agroindústria brasileira registrou crescimento de 3,6% em março de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de expansão. Os dados são do Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) publicados nesta terça-feira (27).
Com esse desempenho, o setor acumulou alta de 1,6% no primeiro trimestre do ano. O avanço foi impulsionado principalmente pela recuperação das indústrias alimentícias e pela aceleração das indústrias não-alimentícias.
A produção industrial de alimentos e bebidas cresceu 1,4% em março. O destaque foi a indústria de alimentos de origem animal, que avançou 2,1%, refletindo o aumento da produção de carnes bovina, suína e de aves, além de pescados e laticínios.
As indústrias de insumos agropecuários e de produtos têxteis seguem entre as mais dinâmicas. A produção de insumos cresceu 39,6% em março. O aumento da demanda por adubos e a estreita base de comparação, há um ano, o segmento teve retração de 30,2%, explicam o forte aumento, segundo o FGV Agro.
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A produção de alimentos de origem vegetal teve sua primeira expansão desde novembro do ano passado, com crescimento de 1,2% em março. Esse desempenho foi atribuído à melhora na atividade das indústrias de conservas, sucos, óleos e gorduras, bem como na moagem de café. As informações foram apuradas pelo portal Globo Rural.
Por outro lado, as indústrias de bebidas apresentaram desempenho negativo em março, com recuo de 0,4% na produção. Esse resultado foi influenciado pela queda na produção de bebidas alcoólicas, que está em baixa desde setembro de 2024.
No segmento de produtos não-alimentícios, a indústria de insumos agropecuários foi a que mais cresceu em março. Esse setor tem mostrado recuperação, contribuindo para o desempenho positivo da agroindústria brasileira como um todo.
Recuperação da agroindústria brasileira
O resultado de março reforça a tendência de recuperação da agroindústria, após um período de instabilidade. A continuidade desse crescimento dependerá de fatores como a demanda interna, as condições climáticas e as políticas públicas voltadas para o setor.
