O registro de agrotóxicos no Brasil foi recorde em 2024, com 663 produtos autorizados pelo Ministério da Agricultura, ante 555 em 2023. O número supera o de 2022, de 652, que até então era o maior já registrado.
Mesmo com alta nos registros, o país ainda tem dificuldades para se modernizar, uma vez que foram autorizados somente 12 produtos completamente novos e prontos para uso. Alguns deles já são autorizados em outros países há anos, segundo análise do “Globo Rural”.
De todos os produtos registrados, 327 são genéricos, ou seja, usam como base compostos já autorizados no país ou parecidos com substâncias com patentes já expiradas. Enquanto isso, 199 deles foram técnicos (aqueles agrotóxicos usados para formular outros produtos), com apenas três inéditos.
Já entre os produtos biológicos, foram 106 registros no ano passado, 54 deles destinados à agricultura orgânica. A aprovação desses insumos ainda os considerou agrotóxicos, pois foi anterior à sanção da lei de bioinsumos, que mudou a definição e o registro dessas substâncias em dezembro de 2024.
Importação de fertilizantes cresce 8,3% e é a maior em cinco anos
A importação brasileira de fertilizantes aumentou 8,3% em 2024, atingindo o maior patamar dos últimos cinco anos, como informou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em boletim logístico desta quarta-feira (29). No total, foram importadas 44,3 milhões de toneladas dos insumos, ante 40,9 milhões em 2023.
O maior receptor dos fertilizantes foi o porto de Paranaguá (PR), onde desembarcaram 11 milhões de toneladas desses insumos no ano passado. Em 2023, foram 10,3 milhões de toneladas.
Por sua vez, os portos do Arco Norte, na região Norte do país, receberam 7,52 milhões de toneladas, ante 5,97 milhões de toneladas no ano anterior.
Enquanto isso, no porto de Santos (SP) foram desembarcadas 8,88 milhões de toneladas, contra 8,56 milhões de toneladas em 2023.