Agroindustria
Agroindustria (Foto: Agência Brasil)

A estimativa de outubro de 2025 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas foi de 345,6 milhões de toneladas, 18,1% a mais do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), sendo o novo recorde da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao mês de setembro, o avanço foi de 3,7 milhões de toneladas (1,1%).

Dados foram divulgados pelo Instituto nesta quinta-feira (13), bem como as expectativas para a safra de 2026 e a armazenagem agrícola do primeiro semestre.

Em relação ao ano anterior, foram observados aumentos de 10,6% na produção do algodão herbáceo (em caroço); de 18,7% no arroz em casca; de 14,5% na soja; de 23,5% no milho (+13,8% na 1ª safra e +25,9% na 2ª safra); de 31,0% no sorgo; de 4,5% no trigo; e decréscimo de 1,9% no feijão.

Soja, milho, algodão e sorgo foram recordistas de produção em 2025. Para a soja, a estimativa foi de 165,9 milhões de toneladas; para o milho, 141,6 milhões de toneladas (26,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 115,5 milhões de toneladas de milho na 2ª safra); para o algodão, 9,8 milhões de toneladas; e para o sorgo, 5,2 milhões de toneladas. A estimativa de produção do arroz (em casca) foi de 12,6 milhões de toneladas; a do trigo em 7,9 milhões de toneladas. 

A área colhida no período foi de 81,5 milhões de hectares, aumento de 2,4 milhões de hectares frente a área colhida em 2024, com crescimento anual de 3,1%. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou aumento de 63.774 hectares (0,1%).

Na comparação ano a ano, houve acréscimos de 4,8% na área colhida do algodão herbáceo em caroço, e 11,1% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 4,2% na do milho (-5,1% na 1ª safra e +6,8% na 2ª safra); e de 12,7% na do sorgo, ocorrendo declínios de 6,2% na área a ser colhida do feijão e de 18,7% na do trigo.

Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupos e, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da área a ser colhida ainda este ano.

Capacidade da armazenagem agrícola cresce 1,8%

A Pesquisa de Estoques, também divulgada hoje pelo IBGE, revelou um aumento de 1,8% na capacidade de armazenamento no Brasil no 1º semestre de 2025 em comparação aos seus meses anteriores, totalizando 231,1 milhões de toneladas.

O número de estabelecimentos cresceu 1,2% frente ao segundo semestre de 2024, com 9.624. O estado do Rio Grande do Sul segue sendo o estado com maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.454), enquanto o Mato Grosso segue sendo o líder na capacidade de armazenagem (63 milhões de toneladas).

Em relação aos tipos de armazenamento, os silos têm predominância e chegaram a 123,2 milhões de toneladas – 53,3% da capacidade útil total do país. Frente ao último semestre, houve aumento de 2,2%. Em seguida, estão os armazéns ganeleiros e granelizados, responsáveis por 36,4% da armazenagem nacional, que atingiram 84,2 milhões de capacidade útil armazenável, alta de 2% na mesma comparação. Com relação aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 23,8 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 0,8% em relação ao segundo semestre de 2024. Os armazens contribuem com 10,3% da capacidade total de armazenagem.

A pesquisa estimou, ainda, o estoque total de produtos agrícolas em 30 de junho de 2025 em  79,4 milhões de toneladas. Os estoques de soja representaram o maior volume (48,8 milhões de toneladas, aumento de 12,8%), seguidos pelos estoques de milho (18,1 milhões, queda de 44,6%), arroz (6,1 milhões, alta de 23,5%), trigo (2,4 milhões, queda de 9,0%) e café (0,6 milhão, queda de 22,9%).