Chuvas

Safra de café no Brasil pode ser maior que projetado para 2025

A expectativa é de que uma produção de café acima do esperado melhore as reservas da matéria prima em um período de escassez

Fonte: Pixabay
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Ao contrário do que se pensava, a exportação de café deste ano do Brasil, o maior exportador do grão no mundo, não será tão ruim. Segundo especialistas ouvidos pela agência Reuters, as chuvas melhoraram as condições da colheita em 2025.

A expectativa é de que uma produção de café acima do esperado melhore as reservas da matéria prima em um período de escassez que elevou os preços do produto a máxima histórica.

Analistas reforçam que a safra de 2025 não será tão boa quanto a do ano anterior, porém, as condições climáticas garantem ganhos no final do ano. Fato esse que não ocorreu no encerramento de 2024.

Chuvas não param

De acordo com o diretor de uma exportadora, o comentário geral que ronda o mercado agora é que haverá mais café do que o esperado. “As chuvas demoraram a chegar, mas desde que começaram não pararam mais. Será uma safra de café de boa qualidade”, comemorou.

O volume de conversão será maior com o aumento dos grãos devido a alta das chuvas, logo, haverá uma maior conversão e mais sacas para estoque, reforçou o representante.

Jonas Ferraresso, agrônomo que assessora cafeicultores no Brasil, visitou algumas fazendas de café na semana passada e disse que os campos estão mostrando muito mais vitalidade. Ele disse que novas avaliações de campo podem mostrar uma safra 5% a 10% maior do que a esperada inicialmente.

Valor do café sobe para nível mais alto em 28 anos

O preço do café subiu para a sua maior cotação em 28 anos, quando a série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) passou a ser registrada.

O estudo do Cepea indicou que a cotação média da commodity era de R$ 2.315,44 por saca, aumento de 6,9% em relação a dezembro do ano passado, na cotação de R$ 2.154,88.

Essa elevação acompanha o preço da saca de 60 kg do tipo de café mais produzido e consumido no Brasil, o grão arábica. Esse grupo específico está em ritmo de alta nos preços desde 2024, após as safras terem sido prejudicada devido à seca, defasagem cambial e aumento das exportações.


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