Investimentos

SLC Agrícola deve investir em crescimento e considera aquisições

Em março, a companhia revelou a compra da Sierentz Agro Brasil por US$ 135 milhões

SLC Agrícola
Divulgação

A SLC Agrícola considera realizar novas aquisições, caso surjam oportunidades interessantes, como informou a empresa em teleconferência de resultados nesta quinta-feira (13). Em março, a companhia revelou a compra da Sierentz Agro Brasil por US$ 135 milhões.

A empresa adquirida tem 96 mil hectares de áreas arrendadas. Após a compra, a companhia deve ampliar sua área plantada em 13% na safra 2025/26.

A SLC Agrícola encerrou 2024 com uma dívida líquida correspondente a 1,8 vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Um dos compromissos da empresa é sempre investir em crescimento quando essa relação ficar abaixo de duas vezes. Quando passa disso, a regra é reduzir os investimentos.

“Se surgirem oportunidades interessantes, a gente vai olhar com carinho. A geração de caixa tem se mostrado consistente nos últimos anos, o que nos dá segurança”, disse Aurélio Pavinato, CEO da SLC, na teleconferência.

Brasil deve ser beneficiado por tarifas, diz CEO da SLC

Sobre as possíveis consequências da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, Pavinato afimou que o Brasil deve ser beneficiado, já que é um fornecedor seguro de alimentos. A estimativa da SLC é de que a China deve importar 80 milhões de toneladas de soja do Brasil e 21 milhões de toneladas de soja dos EUA em 2025.

“A dependência da China dos EUA na importação de alimentos reduziu drasticamente. Se a China importar zero soja dos Estados Unidos, ela consegue importar do Brasil e da Argentina”, disse Pavinato.

Ele afirmou, ainda, que o prêmio pago pela soja brasileira tem potencial de subir 10% em relação ao preço de Chicago.

“Falo um dólar (por bushel) a mais em relação ao prêmio normal. Com super safra no Brasil, o prêmio seria zero ou negativo. Agora já subiu US$ 0,50 a US$ 0,60, tem potencial de subir 10%, que é a tarifa da China aplicada aos EUA”, disse o CEO.