A empresa de fertilizantes Yara vai suspender a produção de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico em Cubatão (SP) e Paulínia (SP), com o objetivo de focar na produção de fertilizantes nitrogenados.
A empresa também pretende focar em frentes como soluções de baixo carbono, neutralidade climática e agricultura regenerativa. As informações são do “Globo Rural”.
De acordo com a Yara, a pausa não prejudica o fornecimento de fertilizantes ao mercado brasileiro, uma vez que os produtos são garantidos pelo restante da estrutura da empresa, com a s fábricas em Rio Grande (RS) e Ponta Grossa (PR) mantendo sua produção.
O encerramento da produção de fosfatados nos municípios paulistas vai ocorrer de forma gradual, disse a Yara em comunicado.
O fim da produção está previsto para o terceiro trimestre deste ano e, apenas em Cubatão, 219 funcionários devem ser demitidos, segundo o jornal “A Tribuna”. De acordo com a companhia, um pacote de alívio já está em negociação com o Sindicato dos Químicos da Baixada Santista.
Ao mesmo tempo, segundo a Yara, o polo Cubatão continua sendo estratégico para a empresa, com ativos de nitrogênio que oferecem vantagem competitiva, e vai manter suas demais atividades inalteradas. Em dezembro do ano passado, a Yara começou a produzir amônia e biometano na unidade.
A Yara divulgou resultados do quarto trimestre de 2024 na última sexta-feira (7). A empresa teve um prejuízo líquido de US$ 290 milhões, com queda de 4% nas vendas no Brasil, de 1,37 milhão de toneladas no último trimestre de 2023, para 1,29 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado.
Para 2025, a empresa tem previsões de alta nos preços dos fertilizantes e recuperação do mercado agrícola no país.
BHP faz acordos para vender potássio no Brasil
A BHP, maior mineradora do mundo, está fechando acordos com parceiros no Brasil para a distribuição de potássio proveniente de mina da empresa em implantação no Canadá.
O objetivo é garantir o escoamento do produto da mina canadense, que deve ser a maior do mundo quando atingir sua capacidade máxima, em 2031, produzindo 8,5 milhões de toneladas por ano.
A empresa considera o Brasil um mercado fundamental para qualquer produtor de fertilizantes, afirmou a presidente das operações de potássio da BHP, Karina Gistelinck, ao “Valor”. Isto porque mais de 90% do volume de fertilizantes utilizado no país é importado.
Já que a empresa não pretende atuar como distribuidora de sua produção de potássio, os executivos estão buscando parceiros para o fornecimento do fertilizante e já têm conversado com candidatos para isso há anos, conseguindo fechar alguns acordos, mas ainda com outros em processo, contou Gistelinck ao “Valor”.
A executiva também afirma que ainda não sabe se vão ocorrer fusões e aquisições no Brasil, mas que a empresa está sempre avaliando essas possibilidades. A companhia já possui uma joint venture com a Vale (VALE3) na mineradora Samarco.