Crescimento fraco

Fundos de investimento: criações caem quase 10% em 2023

O cenário foi de resgates líquidos para a indústria, com saída mais forte em 2023, estimada em quase R$ 128 milhões. 

Foto: Pixabay
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No Brasil, cerca de 24,5 mil novos fundos de investimento foram criados no ano passado. O número representa queda de 9,26% frente a 2022, conforme apontamento do Mapa dos Fundos no Brasil, da plataforma de informações financeiras Nelogica/Comdinheiro. 

De acordo com o Estadão, nos dois períodos anuais, o cenário dos fundos de investimento foi de resgates líquidos para a indústria, com saída mais forte em 2023, estimada em quase R$ 128 milhões. 

“Essa contração faz parte da dinâmica da indústria de fundos. Vindo de anos difíceis e taxa de juros elevada, essa indústria fica menos atraente para os investidores, assim como produtos mais complexos, que acabam oferecendo mais risco”, diz Filipe Ferreira, diretor da Nelogica que adquiriu a Comdinheiro, em 2022.

Nesse patamar, os fundos de renda fixa, segundo o jornal, elevaram novamente sua participação no mercado, para 61,7%. Tal resultado estava em um ciclo de queda desde 2017, quando alcançou seu auge em 74,57%. 

Enquanto isso, os fundos multimercados, cuja participação estava em queda desde 2019, também voltaram a crescer. No momento, representam cerca de 30,15% da indústria imobiliária.

Concentração dos fundos de investimento

Conforme o levantamento da Nelogica, os estados brasileiros que concentram a maior parte dos fundos de investimentos criados no ano passado foram São Paulo e Rio de Janeiro, com um total de 96,06%.

Em paralelo, as unidades federativas de Sergipe, Bahia e Goiás, apresentam os menores percentuais de fundos do País, com 0,01%, 0,03% e 0,05%, respectivamente. 

Depois deles, um total de 14 estados – Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas – não tem registro de nenhum fundo de investimento. 

Em conclusão, São Paulo e Rio de Janeiro somam cerca de 95% do patrimônio líquido captado pelos fundos de investimento. Logo após vem o Rio Grande do Sul, com 2%.