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‘Juros elevados aumentam demanda por crédito’, diz Buccini sócio da Rio Bravo

Ao BP Money, o sócio da gestora do ex-presidente do BC Gustavo Franco, explicou que a conjuntura economia tem sido favorável

Foto: Rio Bravo/Divulgação
Foto: Rio Bravo/Divulgação

Os economistas do mercado financeiro estão cada vez mais convictos da projeção de alta da Selic. E é em meio a esse cenário que Evandro Buccini, sócio da Rio Bravo Investimentos, avalia que o momento é favorável para a gestora com mais de R$ 13,3 bilhões de ativos sob gestão. 

Em sua análise, a demanda por crédito privado de qualidade que “está muito forte devido aos juros elevados”.

Ao BP Money, o sócio da gestora do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, explicou que a conjuntura economia tem gerado, em alguns casos, retornos esperados muito próximos ao CDI, especialmente em debêntures.

No entanto, em CRIs, a alocação de recursos tem sido bem-sucedida, beneficiada pela retração no funding da poupança.

Confira a entrevista na íntegra

Considerando o cenário atual de juros elevados, como isso pode influenciar o desempenho dos fundos da Rio Bravo? 

A demanda por crédito privado de qualidade está muito forte devido aos juros elevados, performance abaixo do CDI de outras classes de ativos e volatilidade elevada.

Em algumas debentures isso está gerando algum exagero, com retornos esperados muito próximos ao CDI, mas nos CRIs estamos conseguindo alocar bem os recursos, especialmente com a retração do funding da poupança. 

A expectativa é que o PIB cresça em torno de 3% este ano. A Rio Bravo sente o reflexo desse crescimento nos negócios?

O crescimento do PIB parece estar impulsionado principalmente por renda e consumo. Investimento e mercado imobiliário estão bem, mas não tão fora do esperado.

Os fundos imobiliários entraram no gosto do investidor brasileiro. Ainda têm muito espaço para crescer? 

Sem dúvida há espaço para crescer. Seja com o crescimento da economia ou com o aumento de sofisticação do mercado de capitais brasileiro e do investidor.

Ainda há pessoas que só investem na poupança e acreditamos que os fundos imobiliários são a opção com maior semelhança a ela. São fáceis de entender, líquidos, isentos de IR e as pessoas sabem que a poupança tem ligação com o mercado imobiliário. 

Com uma carteira diversificada, quais são as estratégias da gestora para gerenciar os riscos entre esses diferentes tipos de ativos? 

Temos 80 pessoas trabalhando exclusivamente para gerir investimentos de terceiros e investimos em sistemas para ter escala e reduzir os erros.

Todos as decisões de investimento são feitas em comitês e controladas por nossos times de risco. Volatilidade não necessariamente é ruim, é uma das formas que os investidores vejam, sintam os riscos que estão correndo para ter rentabilidade. 

Recentemente a Rio Bravo levantou R$ 250 mi para FII multiestratégia. Que tipo de retorno vocês têm recebido em relação a esse novo fundo?

O fundo poderá investir em qualquer tese no setor imobiliário no futuro, mas começa com foco em crédito imobiliário que garante retornos mais imediatos aos investidores e se aproveita da taxa de juros elevada. O público-alvo do fundo foi o investidor qualificado. 

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