Melhorar constantemente é preciso

Foto: Pixabay
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Pode soar meio absurdo, mas às vezes parece que achamos que as pessoas são perfeitas, que nós somos perfeitos. Não concorda? A verdade é que nenhuma empresa é perfeita e impassível de erros. Isso deveria estar claro na cabeça dos gestores. Porém, é importante que a liderança saiba identificar os pontos que precisam melhorar, para que possa ser feito um trabalho de correção e de evolução gradual. Mas isso é ignorado sistematicamente.

Antes de tudo, o gestor precisa conhecer a empresa a fundo, para conseguir detectar quais são os pontos fortes e quais são os pontos fracos também. Esse é o primeiro grande passo para compreender o real cenário e a situação atual. Não adianta se enganar, a organização vai ter algumas – ou até mesmo várias – fraquezas, e por isso é importante ter noção sobre quais são, para dar mais atenção.

Assim que as fraquezas estiverem todas mapeadas, aliás, chame-as de ‘oportunidades de melhoria’, faça uma lista, elencando do maior para o menor, pelo custo de não corrigir e o tamanho do impacto em não se mexer neste processo. E o primeiro deles é o tópico que vai ser considerado a prioridade do momento e por onde a mobilização para melhorá-lo deve começar assim que possível.

A partir disso, utilize os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, que vão trazer clareza e foco para o processo. Fatie o boi em bifes e descasque a cebola: torne o problema grande em problemas menores. Não é fácil pegar um ponto fraco e torná-lo forte da noite para o dia, é preciso disciplina para ir atacando o problema e desenhando o big picture, separando-o em problemas menores, identificando a causa raiz e ir tratando ciclo a ciclo.

O ideal é que a liderança atue juntamente dos colaboradores nessa proposta, pois muitas vezes, são essas pessoas que conseguirão enxergar as melhores soluções para consertar o que não está funcionando, afinal, estão em contato com aquilo todos os dias, é o chamado ‘gemba’. E a partir do momento em que o time começa a agir em conjunto, a organização fica muito mais forte.

Vale lembrar que não adianta querer melhorar todas as fraquezas ao mesmo tempo, pois isso é impossível, temos que parar de paralelizar tanto trabalho. Recomendo tratar uma de cada vez, vendo que o funcionou, corrigindo o que não deu certo. Precisamos criar objetivos para depois podermos concluir se o resultado atingido no final era o que estava sendo esperado e ir ajustando, se necessário.

Tenha certeza: não é vergonha ter pontos fracos na organização, pois possivelmente os pontos fortes de hoje já foram fracos um dia. O que não pode acontecer é se acomodar e achar que as coisas vão se resolver sozinhas. O gestor precisa valorizar os pontos fortes e aprender com eles a como melhorar os fracos. O engajamento do time também depende disso. Ver algo que não está funcionando bem e não fazer nada transmite para os demais que a empresa está acomodada, o que vai fazer com que o time se acomode também.