O mercado cripto passou por uma das semanas mais turbulentas de sua história recente, diz Guilherme Prado, country manager da Bitget em análise ao BP Money. “Impulsionada, principalmente, por pressões macroeconômicas globais, em especial, a escalada das tensões comerciais entre EUA e China, com o anúncio de tarifas de 100% sobre produtos chineses”, afirmou.
“Esse cenário gerou uma forte movimentação de aversão ao risco, acelerando a desalavancagem e resultando em aproximadamente US$ 20 bilhões em liquidações em um único dia – um dos maiores volumes já registrados”, completou.
Acerca da criptomoeda mais conhecida em todo o mundo, o Bitcoin (BTC), o especialista previu que apesar da volatilidade persistir, o Bitcoin mostra sinais de estabilização. “O bitcoin, atualmente, está girando em torno de US$ 113.700, com uma resistência imediata na faixa dos US$ 115.000 – US$ 116.500. Um fechamento consistente acima desse nível, especialmente acompanhado de fluxo robusto para ETFs spot, poderia abrir espaço para um reteste dos US$ 125.000”, previu.
Segundo Guilherme, em curto prazo, é provável que o valor da criptomoeda se consolide entre os US$ 108.000 e US$ 116.500, enquanto digere os choques macroeconômicos. Já em médio prazo, a equipe projeta o Bitcoin retomando níveis em torno de US$ 130.000.
“A projeção mantém-se apoiada em fluxos internacionais sustentados por ETFs e DATs, além do crescente interesse por ativos alternativos. Ainda assim, a volatilidade estrutural deve permanecer elevada em função do cenário político e econômico internacional”, finalizou Guilherme.