O Pix, lançado em novembro de 2020, rapidamente se tornou o principal meio de pagamento no Brasil. Em 2023, foram registradas 42 bilhões de transações, um aumento de 75% em relação ao ano anterior. O sucesso é tanto que, segundo uma pesquisa da Mastercard, 89% dos brasileiros estão dispostos a experimentar novos métodos de pagamento.
Neste cenário, o Banco Central desenvolve o Drex, uma versão digital do Real. Diferente do Pix, o Drex é voltado para grandes transações, como compras de imóveis e veículos, oferecendo segurança adicional nesses casos.
A escolha do nome segue a lógica do Pix: “D” representa Digital, “R” refere-se ao Real, “E” simboliza Eletrônico e “X” remete à conexão. A conversão para Drex será de 1:1 com o Real, com liquidação gerida pelo Banco Central em um ambiente de ativos digitais, utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT). Transações com Drex exigirão o uso de instituições financeiras autorizadas, garantindo a segurança.
Tributação automatizada
Uma funcionalidade central do Drex será a arrecadação tributária automatizada. Com a reforma tributária e o mecanismo de split payment, será possível recolher automaticamente o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) durante as transações.
Isso simplifica e aumenta a eficiência do sistema atual. Daniel Loria, da Secretaria da Reforma Tributária, afirma que o split payment será obrigatório em todas as transações eletrônicas, já contempladas pelo Drex e Pix.
Com o Drex, o Brasil avança na digitalização econômica, oferecendo segurança para grandes transações e facilitando a tributação de forma mais ágil e eficiente.