O termo investimento aparece com frequência nesse portal e em diversas temáticas do jornalismo econômico, mas, na equação da Demanda Agregada, seu significado pode ser diferente das demais explicações que temos disponíveis. Como já sabemos tudo sobre G, C e o saldo de exportações, explicar esse termo não requer muitas voltas.
Para Keynes, gastos com novos bens de capital são chamados de despesas com investimentos. Os bens de capital, de forma simples, são insumos para a produção de bens finais. O investimento é dividido em quatro categorias: equipamentos duráveis e software, novas estruturas não residenciais, mudanças em inventários e estruturas residenciais.
Os três primeiros tipos de investimento são conduzidos por empresas, enquanto que o último é pelas famílias. Logo percebe-se que investimento difere do conceito de investimento/aplicação financeira, nos termos da demanda agregada.
Keynes já tratava das questões de expectativas de mercado, mesmo antes da modelagem macroconométrica e as fundamentações teóricas dos institucionalistas. O motivador dos benefícios de um investimento é a expectativa de lucro. Quando se espera que a economia cresça, os negócios percebem um mercado crescente para seus produtos. A maior confiança dos negócios vai incentivar novos investimentos. O economista teve “insights” importantíssimos para posteriores fundamentações teóricas e matemáticas.
Logo, finalizando nossa série sobre os componentes da Demanda agregada e como eles atuam no estímulo da atividade econômica, podemos concluir a importância da simplificação dos determinantes dentro da macroeconomia e a genialidade de Keynes ao fundamentar todas essas questões em plena década de 30.