La La Brand

Imagine um musical no coração do mercado publicitário brasileiro. Palco iluminado, orquestra afinada, e um elenco de marcas dançando sob uma nuvem de LED.
Bem-vindo a La La Brand, onde cada empresa tem seu próprio espetáculo — mesmo que, nos bastidores, o orçamento esteja desafinando.

No filme original, La La Land, Sebastian e Mia sonham com o sucesso em Los Angeles, cantando sobre amor, arte e a difícil busca por relevância em meio à superficialidade de Hollywood.
No palco corporativo, os CMOs vivem a mesma história: buscam encantar plateias, conquistar corações e arrancar aplausos… enquanto o público muda o canal antes do refrão.

O mercado de Brand Experience movimentou cerca de R$ 100 bilhões em 2023, crescendo 16% sobre o ano anterior. Um salto digno de número musical.
Mas por trás da coreografia de ativações, eventos e “imersões sensoriais”, há uma partitura mais complexa: a de equilibrar emoção e resultado financeiro.

O Brasil descobriu que experiência vende — e vende caro.
Cada stand em shopping virou palco. Cada feira virou festival.
As marcas querem menos share of mind e mais share of heart.
Só esqueceram que emoção sem consistência é igual a nota fora do tom: no começo encanta, depois irrita.

Em La La Land, o casal principal enfrenta o dilema entre o amor e a carreira.
No mundo corporativo, a tensão é entre o ROI e o “WOW”.
De um lado, os diretores financeiros: frios, meticulosos, calculando custo por lead.
Do outro, os diretores de marketing: entusiasmados, sonhando com ativações “instagramáveis” e experiências imersivas que ninguém sabe medir direito.
E assim seguimos, dançando entre o Excel e o espetáculo.

O clímax? Quando o CFO interrompe o musical para perguntar:
— “Mas isso converte em vendas?”
Silêncio. As luzes se apagam.
A orquestra para.
E o público — o consumidor — suspira, mas não compra.

No final, La La Brand é uma história sobre o amor das empresas pela atenção do público.
Um amor intenso, bonito, mas muitas vezes platônico.
Porque enquanto algumas marcas tocam jazz de verdade, outras seguem só dublando jingles antigos com roupa nova.

Ninguém sabe como será o marketing do futuro, mas dá para ser o primeiro a se adaptar quando ele chegar.

Menos fogos, mais propósito?
Menos palco, mais verdade?
Menos show, mais experiência?

Enquanto ninguém decide, seguimos assistindo — e torcendo para que o próximo ato não termine, como no filme, com aplausos melancólicos e um “e se?” ecoando no ar.

É sabido que o marketing muda de ritmo a cada minuto. E quem não estuda, desafina.
Investir em educação é garantir que você continue regendo o espetáculo — e não apenas seguindo o compasso dos outros.

MBA em Marketing da USP/Esalq é uma dessas oportunidades de afinar sua estratégia com o que há de mais atual no mercado.
Mas atenção: as inscrições encerram no dia 27 de novembro.

Se o palco do marketing está sempre mudando, talvez o melhor papel que você possa assumir agora seja o de protagonista da sua própria evolução.