Negócio nos negócios

Investir em arquitetura de tecnologia é o segredo para impulsionar as redes de franquias no Brasil

A tecnologia é indispensável para qualquer estabelecimento que busca crescer em vendas e impulsionar o negócio

Foto: pixabay
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Uma das dúvidas mais frequentes para quem quer empreender é: o que é mais
rentável e seguro, expandir como marca própria, franquear ou investir em franquias de
marcas já estabelecidas no mercado? Não há uma resposta certa para essa pergunta,
pois cada modelo apresenta pontos fortes e desafios – e a escolha dependerá das
expectativas do empreendedor –, mas uma coisa é certa: independentemente da
estratégia adotada, a tecnologia é indispensável para qualquer estabelecimento que
busca crescer em vendas e impulsionar o negócio.

Os dados mostram que, por conta do plano estruturado e, principalmente, pela
credibilidade da marca perante os consumidores, muitos empreendedores preferem
investir em franquias, considerado um dos segmentos mais importantes para a
economia brasileira. De acordo com um estudo realizado pela Associação Brasileira de
Franchising (ABF), o setor registrou um crescimento de 14,3% em 2022 e de 17,2% no
1º trimestre de 2023, com a expectativa de continuar expandindo. Atualmente, são
mais de 3 mil redes de franquias em operação e mais de 170 mil unidades espalhadas
pelo país.

Embora os números sejam relevantes, ainda existe oportunidade para as franquias que
desejam impulsionar o seu negócio. A atuação omnichannel, por exemplo, deixou de
ser uma tendência e se tornou obrigatória para grandes redes e marcas. Dados da
PSFK, agência norte-americana de tendências e insights, mostram que 88% dos
consumidores nos EUA e Canadá esperam uma experiência totalmente integrada entre
lojas físicas e digitais, enquanto mais de 80% já adotam o método de compra online
com retirada em loja como opção preferencial de compra. A pesquisa online seguida
de compra na loja física é uma realidade para 59% dos consumidores, destacando a
importância de uma experiência fluida e interconectada.

Por isso, as franquias precisam investir cada vez mais em uma arquitetura de
tecnologia que seja capaz de integrar seus canais físicos e digitais, de garantir
eficiência operacional aos lojistas e de proporcionar ao consumidor o poder de escolha
de como realizar suas pesquisas, compras e trocas de produtos.

Além disso, quem atua no ramo de franchising já deve ter se deparado com casos reais
de marcas que caíram no gosto do público e, em pouco tempo, abriram dezenas de
unidades. O que também é muito frequente é que esse crescimento aconteça de
maneira pouco estruturada e sem o apoio de uma tecnologia padrão. Essa falta de
uma arquitetura tecnológica faz com que várias unidades comecem a utilizar softwares
de gestão diferentes, dificultando o acesso atualizado e em tempo real a dados
estratégicos, como vendas realizadas, valores transacionados e estoque. Porém,
quando as marcas usam a tecnologia a seu favor para integrar canais, unidades e
otimizar espaços e processos, o sucesso é garantido.

Um exemplo é uma grande marca brasileira de calçados femininos com mais de 300
lojas que passou por um projeto recente de transformação digital focado em um canal
próprio de marketplace in, onde os seus franqueados são os sellers neste canal de
venda e vendem os produtos direto do estoque dessas unidades. Essa uniformização
do software permitiu o sucesso das vendas online da marca, que hoje desabilitou o
centro de distribuição do e-commerce e passou a vender 90% dos produtos direto de
seus franqueados.

Outro case de sucesso voltado à digitalização do negócio é o da Samsonite, tradicional
em malas para viagem, que começou a alcançar resultados positivos com marketplace:
nos cinco primeiros meses de 2024, a empresa registrou um aumento de 82% na
quantidade de pedidos em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o valor total
transacionado teve um crescimento de 166% e a quantidade de itens vendidos
aumentou em 326%.

A digitalização do negócio também passa pela implementação de um PDV (ponto de
venda) ágil e intuitivo que registre as vendas, receba o pagamento e emita o cupom
fiscal. Se esse PDV estiver atrelado a um software único e completo, que faça a gestão
de ponta a ponta das unidades é ainda melhor, pois essa integração permitirá que a
franqueadora tenha uma visão em tempo real de todas as unidades e possa tomar
decisões estratégicas, ajudando o franqueado a atingir suas metas.

Também existem soluções tecnológicas que se integram a programas de fidelidade,
que oferecem descontos e cashback de acordo com o perfil de compra do cliente; a
marketplaces, permitindo que a loja revenda produtos de outras lojas ou ainda
permitem transformar o e-commerce da marca em um marketplace para que outros
lojistas possam vender seus produtos na plataforma. A tecnologia também oferece
uma visão sell-in (que se refere à comercialização dos produtos ao varejista ou
distribuidor) e sell-out (venda efetiva do produto ao consumidor), o que ajuda a
rastrear a saída de mercadores e geração de receita.

E, diante de um mercado com alta concorrência não apenas de clientes, mas de
franqueadoras, é possível concluir com toda a certeza que a transformação digital traz
benefícios não apenas às vendas, mas é essencial para fortalecer a imagem e a
receptividade da marca no mercado. Ao garantir uma boa experiência de compra e ao
tornar a gestão mais rápida e segura, a marca ganha ainda mais credibilidade no
mercado, atraindo a atenção de novos investidores e tornando a franquia mais valiosa.

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