O Vinci Energia FIP-IE é um fundo de investimento em participações negociado na bolsa de valores do Brasil, a B3, com ticker VIGT11.
Gerido pela Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos Ltda, o fundo possui o objetivo de investir em ativos do setor elétrico, como geradoras e transmissoras de energia que, segundo a gestora, apresentem qualidade técnica, longevidade operacional, escala adequada e previsibilidade na geração de caixa.
Conheça algumas características gerais do fundo:
Público-alvo: investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão comprovadamente investidos)
Número de cotas: 8.674.669
Taxa de Administração: 1,50% ao ano a partir da data da primeira integralização de Cotas sobre o Patrimônio Líquido ou Valor de Mercado, o que for maior.
Taxa de performance: não há
Número de investidores: mais de 9.500
Volume médio de negociações: superior a R$ 1.5 milhão por dia
Portfólio: 100% operacional
Com relação a estratégia, o Vinci Energia FIP-IE foca em investimentos na área de geração e transmissão de energia, com contratos previsíveis e de longo prazo, baixo risco de crédito e ativos diversificados. Além disso, suas receitas são ajustadas pela inflação, um fato muito positivo no cenário atual, no qual observamos uma inflação muito alta no país.
Cenário do setor de energia
Atualmente, o setor de energia brasileiro está passando por um momento desafiador, em função da crise hídrica e energética. Isso porque o último período úmido do país (novembro de 2020 a abril de 2021) teve o pior índice de chuvas em 91 anos de registro. Dessa forma, com baixos níveis de água nos reservatórios, o funcionamento das hidrelétricas -principal fonte de geração de energia do país- fica comprometido.
Além de enfrentar essa situação, o país também está vivenciando inúmeras adversidades devido a pandemia da Covid-19. Logo, fica claro que o setor de energia precisa de mais atenção e investimentos, justamente para evitar cenários de crise como esse.
Sabe-se também que a energia elétrica é um insumo essencial à sociedade, indispensável ao desenvolvimento socioeconômico da nação, e que o Brasil necessita de uma boa matriz energética para voltar a se expandir pós-pandemia.
Uma alternativa para auxiliar na resolução desses problemas são os investimentos em Fundos de Investimentos em Participações em Infraestrutura do setor, que vem ganhando destaque e valorização.
Aspectos fundamentalistas
De acordo com informações expostas no ‘Relatório Webinar Divulgação de Resultados – Junho | 2021’:
O valor patrimonial do VIGT11 (18/06/2021) é R$ 839,4 mm, com Yield projetado para 2021 de R$ 8-9/cota, uma ótima oportunidade para os investidores que buscam por um bom Yield.
O Saldo de Lucros Acumulados da Vinci Energia FIP-IE no primeiro trimestre de 2021 foi de R$ 164,23 milhões – com aumento significativo em comparação ao quarto trimestre de 2020, com R$ 98,63 milhões.
O Ebitda no 1T 2021 também avançou, apresentando valor de R$ 11,7 milhões.
Sobre a Vinci Partners, a empresa funciona como uma plataforma de investimentos alternativos, especializada em gestão de recursos, de patrimônio e em assessoria financeira. Fundada em outubro de 2009 por um grupo de gestores com ampla experiência no mercado financeiro, a companhia possui cerca de R$ 55 bilhões sob gestão e detêm escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Nova York.
Recentes aquisições
No primeiro trimestre de 2021, o Fundo permaneceu com seu portfólio voltado única e exclusivamente a ativos de transmissão.
No início de abril, o FIP-IE incorporou 3 ativos de geração no estado do Rio Grande do Norte, o Complexo Mangue Seco. Primeiro ativo eólico do portfólio, o Complexo Mangue Seco é composto pelos parques eólicos 1, 3 e 4, e possui 78 MW de capacidade instalada total e está totalmente operacional desde 2011. Além disso, têm contratos de venda de energia no mercado regulado, conforme estipulado nos contratos arrematados pelas companhias no LER 003/2009, firmados até 2032.
Eventos Subsequentes Relevantes: parceria firmada com a Sterlite, que permite ao Fundo ampliar seu portfólio com novos ativos de transmissão aderentes a sua política e aos critérios de investimentos previamente estabelecidos.
Em suma, as recentes aquisições e parcerias do fundo deixam claro o seu potencial de crescimento, sempre com foco na gestão de risco e previsibilidade de caixa.
Pontos Fortes e vantagens competitivas
Segundo informações do site oficial da Vinci, os pontos fortes e vantagens competitivas do Vinci Energia FIP-IE, são:
1. Estratégia de crescimento do portfólio focada em aquisições
O Fundo não realiza o desenvolvimento de projetos greenfield e tem foco na estratégia de crescimento do portfólio através de aquisições. Com a compra de ativos já operacionais ou sem risco de implementação no mercado secundário, é possível ter uma boa previsibilidade de geração de caixa, permitindo que os gestores tenham uma indicação do retorno e do perfil de dividendos que um investimento deverá apresentar.
2. Estratégia flexível de aquisição
O Fundo adota uma estratégia de aquisição flexível, que permite adquirir ativos nos segmentos do setor elétrico através de participações minoritárias ou de controle.
3. Gestão ativa
A Vinci realiza a gestão ativa do Fundo, selecionando, negociando, adquirindo e fazendo a gestão diária dos seus ativos.
4. Track record
Time com ampla experiência no setor, tendo liderado mais de R$ 2,6 bilhões em aquisições no setor de infraestrutura desde 2004.
5. Segmento de atuação
A energia elétrica é um insumo essencial à sociedade: necessária para a vida do cidadão moderno e indispensável para o desenvolvimento socioeconômico dos países. Os setores alvo do Fundo são os de Transmissão e Geração de Energia Elétrica. Esses são segmentos cujos ativos apresentam retornos de longo prazo, indexados à inflação e com baixo risco de demanda.
Comparação com outros ativos do setor
Além dos FIP-IE de energia, existem outras maneiras de investir no setor energético, como por exemplo, através de ações. Contudo, é preciso ficar atento as diferenças existentes entre as modalidades.
Ao optar por investir em um FIP-IE, o seu dinheiro será gerido pelo administrador do fundo, que buscará as melhores oportunidades. Se tratando de investimentos em ações, o investidor não conta com ajuda de um gestor profissional.
Com relação à diversificação, os FIPs levam vantagem. Isso ocorre porque o fundo pode construir uma carteira de ativos bem diversificada, com diferentes empresas.
Além disso, o gestor do FIP-IE possui uma maior participação e influência nos negócios, o que não ocorre no investimento direto em ações, a não ser que o investidor seja um dos maiores acionistas daquela empresa e exerça a sua influência no Conselho de Administração e Assembleias de Acionistas.
Sobre os impostos cobrados, as ações só são isentas se a negociação, no período de um mês, não ultrapassar R$ 20 mil. Já os FIPs de Infraestrutura possuem, para pessoas físicas, negociações e rendimentos totalmente isentos.
Quanto à liquidez, as ações possuem maior facilidade de serem negociadas que os FIPs, justamente por serem uma classe de ativos mais popular.
Comparação com outros FIP’s
O BRZ Infra Portos também é um FIP-IE, assim como o Vinci Energia, porém o BRZ possui uma política focada em ativos portuários com gestão ativa. Esse Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura tem uma base de investidores diversificada, incluindo pessoas físicas, e as suas cotas são negociadas na B3 com o ticker BRZP11.
Já o XP Infra é um Fundo de Investimentos em Participações de Infraestrutura que objetiva investir em empresas que geram e transmitem energia no país, assim como o Vinci Energia.
Dessa maneira, o portfólio do fundo inclui ativos de empresas de transmissão e geração de energia. Suas cotas são negociadas em Bolsa (ticker XPIE11), permitindo que o investidor possa vendê-las no mercado secundário.
Com relação aos contratos apresentados entre os dois FIP-IEs, o VIGT11 demonstrou melhor RAP (Receita Anual Permitida). Além disso, o Vinci Energia possui um potencial de crescimento que merece destaque após as recentes aquisições de 3 ativos de geração no estado do Rio Grande do Norte, o Complexo Mangue Seco.