Negócio precursor

Dot Energy traz 'onda' da bala energética dos EUA para o Brasil

"Conseguimos atingir os três pontos principais: sabor democrático, praticidade e preço competitivo", diz o sócio-fundador da marca

Sócios-fundadores da Dot Energy. Eric Araujo à esquerda, Camila Bevilacqua no centro e Lucas Dib à direita.
Sócios-fundadores da Dot Energy. Eric Araujo à esquerda, Camila Bevilacqua no centro e Lucas Dib à direita. / Foto: Lemon Soda

Trabalho, estudo, vida social e fitness, atividades doméstiscas. Estes são alguns dos inúmeros “pratos da vida” que tanta gente precisa fazer malabarismo para manter de pé diariamente. Em meio a tantas demandas, é difícil encontrar quem não recorra aos conhecidos métodos para adquirir mais energia, como os cafés queridinhos das blogueiras e os famosos energéticos.

Foi observando essa dinâmica que Eric Araujo, Lucas Dib e Camila Bevilacqua tiveram uma ideia: por que não desenvolver um produto que atenda às necessidades de quem busca mais energia e foco, com preço acessível e mais prático do que o que já existe nas prateleiras dos supermercados e farmácias?

Levou um ano até, finalmente, em abril, a Dot Energy sair do papel: sem açucar, com apenas 6,5 Kcal, 80 mg de cafeína (40mg por pastilha) e gostinho de menta. A bala energética – a primeira do Brasil – além de energia, promete auxiliar na manutenção do foco e da produtividade.

Ao BP Money, Eric Araujo, sócio-fundador da marca, contou sobre o processo de criação e desenvolvimento do produto, explicou de que forma ele atua e quais são as expectativas para o negócio.

Caixas com pastilhas da Dot Energy

Confira a entrevista na íntegra:

Como surgiu a ideia da Dot Energy?

Aconteceu tudo ainda na faculdade. Desde sempre, fomos um grupo que tinha muita ideia, sempre fomos antenados no empreendedorismo, até que prometemos que tiraríamos do papel a próxima ideia que tivéssemos. Na faculdade existe essa tendência do mercado financeiro, então, o pessoal têm essa ‘cultura’ de café, cafeína, energético. Percebemos que as pessoas estavam fugindo dos métodos tradicionais para consumir cafeína, e aí veio um ‘boom’ de matcha, chás e outras coisas. Começamos a entrevistar as pessoas e percebemos que existiam aquelas que gostavam de café e introduziam isso na rotina e os que não gostavam e, portanto, buscavam outros meios, como energéticos.

Pensamos: vamos fazer uma bebida energética. Mas depois, pesquisando o mercado, vimos que fazer uma bebida cafeinada diferente era muito difícil, por conta de saber e por conta do próprio mercado já ser maduro e concorrido. Fomos mais a fundo e notamos que existia um mercado muito grande de balas cafeinadas no exterior, é um mercado mega crescente nos EUA, virou um segmento. Achamos interessante e vimos que tinha tudo para dar certo no Brasil. Trouxemos as balas, provamos, percebemos que todas tinham um gosto amargo e, então, entendemos que o nosso produto precisava ser mais saboroso, porque é algo que o brasileiro faz questão de consumir algo que tenha um bom sabor. Desenvolvemos a fórmula junto a uma empresa de consultoria de alimentos, lançamos um ano depois e estamos tendo ótimos resultados.

Para qual público-alvo este produto foi pensado?

A Dot, além da caféina, tem um complexo de vitaminas B, o que faz com que, enquanto ela esteja fazendo efeito, seu cognitivo trabalhe melhor e você tenha mais foco. Então, é uma bala para as pessoas que querem uma alta performance ao longo do dia. Não é apenas para quem treina, apenas para quem trabalha ou que só estuda. É para quem quer fazer os três ao mesmo tempo.

Então, além do fato de ser algo novo no Brasil, podemos dizer que este é o grande diferecial da Dot, a forma que ela atua no organismo?

Conseguimos atingir os três pontos mais importantes sobre o produto: ele é mais saboroso do que os produtos a base de cafeína, tem um sabor completamente democrático; é muito mais prático, não apenas na forma de consumir, mas no efeito que ele faz, porque os demais produtos são absorvidos pelo intestino, então, demora mais para iniciar a absorção e, quando acontece, é de uma vez só, a pessoa tem um pico de cafeína, enquanto a Dot é absorvida pela mucosa da boca, é mais rápido e não existe esse pico; por fim, o preço, já que a Dot tem um valor totalmente competitivo com um expresso ou energético. Cada caixinha de Dot Energy, que equivale a um energético, vai custar entre R$ 5,50 a R$ 6.

E quanto às estratégias de vendas, divulgação, como está acontecendo?

Estamos vendendo de forma online, através do site, e estamos começando com as vendas B2B (business to business) para outros estabelecimentos, cafezinhos em polos corporativos, perto ou dentro de escritórios. Conforme a gente for expandindo, vamos ampliar para farmácias e academias. A ideia é alcançar o país inteiro.