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Mais da metade das empresas brasileiras decretam falência nos primeiros 5 anos

As mais afetadas são aquelas de menor porte, como MEIs, micro e pequenas empresas

(Foto:pixabay)
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Gerenciar um negócio próprio não é uma tarefa tão simples quanto se imagina. Para que um empreendimento seja bem-sucedido, é imprescindível haver um bom planejamento, englobando as principais metas e as estratégias necessárias para atingi-las. A gestão financeira é parte fundamental desse processo, ditando os rumos do negócio e auxiliando no equilíbrio das contas da empresa.

No Brasil, empreender costuma ser uma tarefa bastante onerosa. A burocracia envolvida na atividade desestimula pessoas que idealizam a criação de seu próprio negócio, assim como os riscos e a alta carga tributária. Um sistema de grande complexidade como existe hoje exige dos empreendedores um grande conhecimento em gestão e preparação para que os rumos do negócio fluam da melhor maneira possível.

Estudos recentes revelam que grande parte das empresas brasileiras não sobrevivem aos 5 primeiros anos de atuação. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que aproximadamente 60% das companhias do país vão à falência nesse período.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), as empresas que enfrentam mais dificuldades para se manterem abertas são as de portes menores. Dados levantados pela entidade apontam que 29% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) encerram suas atividades dentro de 5 anos. Enquanto isso, 21% das microempresas e 17% das empresas de pequeno porte não sobrevivem ao mesmo período.

A partir da pesquisa realizada pelo Sebrae, é possível concluir que as empresas de maior dimensão estão menos suscetíveis ao fechamento de suas operações. Isso pode ter relação à melhor capacitação e planejamento de seus donos e sócios, que possuem mais experiência e bagagem no mundo do empreendedorismo e contam com planejamentos mais eficazes.

A ausência de um planejamento pode causar danos irreparáveis às companhias e é uma das principais causas para a falta de êxito. É preciso definir metas e objetivos, assim como estratégias eficazes para atendê-los. Dessa forma, a empresa consegue estar preparada para enfrentar diferentes cenários, como aumento da concorrência, quedas das vendas, não cumprimento de prazos por fornecedores ou até mesmo uma crise como a pandemia de Covid-19.

A gestão financeira é parte integral do processo de planejamento dentro das corporações. Esse conceito é utilizado para definir um conjunto de métodos e ferramentas utilizados para manter a saúde financeira, preocupando-se com a análise, o controle e a implementação de suas atividades.

Através disso, administram-se os recursos e bens da empresa de maneira mais eficaz para atingir suas metas e objetivos, principalmente o equilíbrio de contas e lucro.

Uma boa gestão financeira deve contar com 4 pilares essenciais, que são:

Planejar

O planejamento se inicia com a definição de metas e objetivos, e, em seguida, são estabelecidas as estratégias e ferramentas que serão utilizadas para atender as demandas da empresa. Também se analisa o mercado e a situação financeira, identificando as oportunidades e deficiências.

Controlar

O controle é essencial para identificar se os processos estão sendo obedecidos e se os resultados estão dentro do esperado. Dessa forma, quando necessário, é possível fazer ajustes e reaplicar recursos de maneira mais eficiente.

Analisar

A análise dos dados é um complemento das outras etapas. A partir dela, é possível avaliar resultados e processos, aplicar mudanças quando necessário e restabelecer metas e estratégias.

Investir

Após essas etapas, é possível definir oportunidades de melhorias e investimentos, como novos equipamentos, programas para automatizar processos, capacitação de funcionários, novas contratações e outros.

Essa ferramenta não é específica para um único segmento. Ela pode ser aplicada até mesmo em instituições de ensino, como na gestão financeira escolar, auxiliando a reduzir custos e melhorar a aplicação de recursos.