A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deve abrir, na segunda (9) ou terça-feira (10), um processo administrativo para a apurar as denúncias do Itaú Unibanco contra o ex-CFO da instituição, Alexsandro Broedel, divulgou o “Valor Econômico”. Outro investigado é o especialista em contabilidade Eliseu Martins.
O Itaú se reuniu com o corpo técnico da CVM nesta sexta-feira (6) para avisar sobre a possibilidade de movimentação no mercado após a divulgação das acusações, apurou o “Valor Econômico”. De acordo com o jornal, a comissão pretende abrir o processo o mais rápido possível, já que a companhia é aberta e o caso pode afetar o mercado de capitais.
A primeira etapa do processo envolve questionamentos da CVM ao Itaú sobre suas declarações oficiais a respeito das acusações, além de checagem de documentos. Se houver elementos que provem as alegações, a comissão deve abrir um processo administrativo sancionador, com o objetivo de investigar e julgar infrações às normas da CVM.
O Itaú protocolou uma ação civil contra Broedel e Martins na sexta-feira (6), no Tribunal de Justiça de São Paulo, informou o “Pipeline”. As acusações envolvem condutas irregulares dos executivos, contra o código de ética do banco.
Os resultados de investigações do Itaú apontam indícios de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e associação criminosa, informou um executivo que acompanha o processo dentro do Itaú ao “Brazil Journal”.
Notícias Relacionadas
Desde que iniciou as investigações sobre o caso, em agosto, o banco fez três comunicados ao BC (Banco Central).
Itaú: comunidade contábil está perplexa com acusações a ex-CFO
Os planos do Itaú Unibanco de entrar com ação civil contra o ex-CFO da instituição, Alexsandro Broedel, e o especialista em contabilidade Eliseu Martins, surpreenderam a comunidade de especialistas em contabilidades e advogados societários, segundo informações do “Valor Econômico”.
A comunidade está em choque em razão da boa reputação dos executivos.
Martins é considerado referência na área contábil. Ele foi diretor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) entre 1998 e 2002; da CVM (Comissão de Valores Mobiliários); e do Banco Central nos anos 1980 e 1990.
Broedel também é acadêmico. Ele é professor titular do curso de contabilidade da USP e foi diretor da CVM de 2010 a 2012.
