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Alckmin pode assumir Defesa, com possível saída de Múcio

Ministro teria dito a Lula que já "cumpriu sua missão" e pretende deixar o primeiro escalão do governo

Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo /Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin é um dos cotados para assumir o Ministério da Defesa após uma possível saída de José Múcio Monteiro, que já teria informado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não pretende continuar no cargo. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”.

O ministro e Lula devem se reunir para tratar do assunto nos próximos dias, segundo o jornal. Múcio teria pedido para deixar o cargo porque já “cumpriu sua missão” como ministro. A saída dele deve gerar um problema para Lula, já que Múcio tem uma boa relação com o alto comando das Forças Armadas.

A situação se torna mais complexa considerando-se o contexto de investigações sobre tentativa de golpe de Estado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que resultou na prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

Com a possível saída de Múcio, Alckmin seria o nome mais cotado para assumir a pasta, já que tem a confiança do presidente e boa relação com as Forças Armadas, de acordo com a “Folha de São Paulo”.

Nessas circunstâncias, o vice-presidente deixaria a função, também ocupada por ele, de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que pode passar a ser ocupada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Pacheco termina o mandato em fevereiro de 2025, mas nega que queira migrar para o primeiro escalão do governo.

Início de uma reforma ministerial

A substituição de Múcio pode iniciar um processo de reforma ministerial, que, segundo o “InfoMoney”, já é esperado pelo Palácio do Planalto e Congresso, mas ainda há dúvidas sobre sua abrangência.

O mais provável é que Lula comece a modificar o primeiro escalão do governo após as eleições para as Mesas Diretoras na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em fevereiro de 2025.