O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), no início da tarde, cancelou sua ida a Brasília nesta segunda-feira (15), para se reunir com líderes partidários e discutir estratégias que possibilitem a aprovação do projeto da anistia aos condenados pelos atos do 8 de janeiro.
Mais para o meio da tarde, entretanto, Tarcísio pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília nesta terça (16).
O governador de São Paulo já foi autorizado para visita anterior, realizada em 7 de agosto, na casa onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, em Brasília.
No requerimento desta segunda, Tarcísio cita o encontro e se apresenta como amigo e correligionário de Bolsonaro. A solicitação da visita será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Se receber a autorização, Tarcísio de Freitas deve ir visitar Bolsonaro e intensificar articulações políticas em favor de um texto do projeto de anistia que inclua o ex-presidente.
Tarcísio quer comandar articulação em prol da anistia
Na semana passada, Jair Bolsonaro foi condenado foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
Com a condenação do principal líder político de direita, a oposição se articula nesta semana para aumentar a pressão no Congresso Nacional e garantir que seja colocado em discussão e votação o projeto que dá anistia aos condenados.
Ao mesmo tempo, líderes partidários também se movimentam para pressionar o ex-presidente a indicar um sucessor político que possa disputar a eleição pela direita em 2026.
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O principal nome que surge como sucessor é o do governador Tarcísio de Freitas. Partidos do centrão inclusive já disputam uma eventual indicação para a candidatura a vice em sua chapa.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou reunião de líderes para esta terça, com objetivo de discutir a pauta de votações da semana.
Motta pode dar prioridade a projetos do governo
Motta foi recebido hoje em um almoço no Palácio da Alvorada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O almoço não estava na agenda de Lula.
O governo tenta convencer Motta a segurar a pressão pelo projeto de anistia, para tentar votar nesta semana a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais.
O Palácio do Planalto também corre contra o tempo para aprovar a Medida Provisória (MP) 1300/25, que altera a Tarifa Social de Energia Elétrica. O texto isenta famílias de baixa renda da conta de luz em casos de baixo consumo.
A medida vence no próximo dia 17, e precisa ser votada nas duas casas do Congresso e sancionada a tempo para não perder sua validade.
Neste sentido, as gestões do governo junto a Motta são para que ele segure a anistia por mais alguns dias, e dê prioridade a esses dois projetos nas votações desta semana. A oposição, de sua parte, promete obstruir as votações no plenário.
