O governo Lula segue em uma crescente de desaprovação, apesar de os índices de avaliação terem oscilado no negativo durante o mês de maio. A pesquisa publicada pela Fly Quaest nesta quarta-feira (6) aponta para uma trajetória negativa na popularidade do presidente no terceiro mandato. Também de acordo com a pesquisa, a percepção da população sobre a economia melhorou.
O levantamento aponta que 57% dos participantes desaprova o governo Lula, maior índice registrado neste quesito da pesquisa durante o terceiro mandato. Em Março, o resultado foi de 56%. O índice de aprovação também oscilou, de 41% para 40%, com dois pontos de margem de erro para mais ou para menos, diz a matéria da Reuters publicada pelo portal Investing.com.
Os índices de avaliação do governo também pioraram: 43% responderam negativamente, 41% em Março; 26% avaliaram como positivo, contra 27% em Março e 28% avaliaram de maneira regular, eram 27% em Março. Um outro sinal negativo para a gestão foi o de que 61% dos entrevistados consideram que o Brasil está caminhando na direção errada. Esse é o terceiro aumento nesse tópico, eram 56% em há três meses. Os que têm a opinião oposta contabilizaram 32%, antes eram 36%.
Apesar dessas avaliações negativas, a maior parte dos entrevistados tem uma percepção melhor sobre a economia no governo Lula. A atual pesquisa mostrou que caiu para 48% o número de pessoas que percebem uma piora na economia, os que perceberam melhora aumentou para 18%. Os resultados de Março foram 56% e 16%. 30% considera que a economia não mudou, eram 30% em maio.
Melhora na percepção da economia
Apesar dos resultados negativos na avaliação do governo Lula, a pesquisa captou uma queda na percepção negativa sobre a economia, além de registrar altos índices de aprovação entre os que disseram conhecer projetos novos do governo como a isenção de imposto de renda para os que ganham até R$5 mil por mês e a distribuição de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade.
A pesquisa mostrou, por exemplo, uma queda de 8 pontos percentuais na fatia dos entrevistados que percebem uma piora na economia nos últimos 12 meses. Em março, essa parcela correspondia a 56%, agora, são 48%. Os 16% que diziam perceber uma melhora oscilaram para 18%. Os que consideravam que a economia está “do mesmo jeito” passaram de 26%, em março, para 30% em maio.
A Fly Quaest também registou alto índice no número de pessoas que disseram conhecer os novos projetos econômicos do governo, isenção de imposto de renda para os que ganham até R$5 mil por mês e a distribuição de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade.
“A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo”, avaliou o cientista político Felipe Nunes, presidente-executivo da Quaest.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 pessoas.