A arrecadação federal foi de R$ 247,92 bilhões em outubro, o que representa alta real de 9,77% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (21). O resultado foi o maior da série histórica para o mês, iniciada em 1995.
No período acumulado de janeiro a outubro de 2024, a arrecadação alcançou o valor de R$ 2,2 trilhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 9,69% e também o maior valor da série histórica.
Considerando apenas a arrecadação da Receita Federal, o aumento real foi de 9,93% em outubro, com um total de R$ 225,23 bilhões. No período acumulado de janeiro a outubro de 2024, a receita alcançou R$ 2,1 trilhões, registrando acréscimo real de 9,70%.
Já a receita de outros órgãos federais atingiu R$ 22,69 bilhões, o que representa alta real de 8,19%.
Segundo a Receita Federal, o aumento na arrecadação pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas e pelo aumento real de 19,39% na arrecadação do PIS/Cofins e do Pis/Pasep, em razão da retomada da tributação sobre os combustíveis e da exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.
Outras razões listadas para uma maior arrecadação federal em setembro são a o crescimento real de 16,42% da arrecadação do IRRF Capital, decorrente da tributação dos fundos exclusivos; e o resultado da arrecadação do IRPF, que apresentou um aumento real de 16,85%, em função da atualização de bens e direitos no exterior.
PIB do agronegócio deve cair 1,7% em 2024, diz Fazenda
O Boletim Macrofiscal, divulgado na segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, trouxe novas estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, destacando um recuo de 1,7% no agronegócio em 2024.
Embora o resultado seja negativo, há uma leve melhoria se comparado à estimativa anterior, que previa uma retração de 1,9% para este setor.
A estimativa, segundo o boletim, incorpora revisões para cima nas expectativas para a colheita de algodão e para os produtos da pecuária no ano, que mais que compensaram os efeitos negativos resultantes da revisão para baixo na produção esperada de laranja, em decorrência do greening, doença que afeta plantas cítricas, e do trigo, café e cana-de-açúcar, devido aos efeitos da estiagem e de queimadas.