Em uma assembleia realizada na última sexta-feira (28), os acionistas do BB (BBAS3) aprovaram um aumento salarial de 4,62% para a presidente do banco, Tarciana Medeiros.
Isso significou a rejeição da proposta anterior de um reajuste de 56,7%, que teria elevado a remuneração mensal da executiva dos atuais R$ 74,97 mil para R$ 117,47 mil. O aumento de 4,62% também se estendeu aos cargos de vice-presidentes e diretores.
Além disso, os acionistas estabeleceram um montante global de remuneração para os membros dos órgãos de administração, fixando-o em até R$ 76,2 milhões. Isso contrasta com a proposta original, que mencionava um valor de R$ 94,5 milhões.
No ano passado, na votação sobre a remuneração, a administração do banco havia proposto um montante global de R$ 94,18 milhões, mas a proposta vencedora foi a da União, acionista controladora, que sugeriu R$ 74,29 milhões. Os detalhes da reunião deste ano serão divulgados posteriormente na ata.
Proposta de remuneração para 2024 do BB (BBAS3)
O BB (BBAS3) fundamentou sua proposta para 2024 na premissa de que salários permaneceram estáticos de 2016 a 2022, buscando, assim, reequilibrar as remunerações internas e manter a diretriz de uma remuneração justa para os administradores estatutários.
Apesar do aumento de 57% proposto, a presidente Medeiros ainda receberia consideravelmente menos do que CEOs de bancos privados, cujas remunerações variam de R$ 2,2 milhões a R$ 6 milhões por mês, incluindo salário fixo e benefícios variáveis.
A remuneração mensal individual dos membros do comitê de pessoas, remuneração e elegibilidade foi definida em 20% da remuneração mensal individual do cargo de diretor, excluindo benefícios que não sejam honorários.
A proposta de remuneração é elaborada pelo comitê de pessoas, remuneração e elegibilidade do banco e, em seguida, é submetida ao conselho de administração antes de passar pela avaliação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia e pela deliberação da assembleia.