Maior patamar

BC: Deficit de estatais chega a R$9bi em novembro

Estatais registraram déficit de R$ 9,108 bilhões no acumulado até novembro

Fonte: Canva Pro
Fonte: Canva Pro

Empresas estatais registraram déficit de R$ 9,108 bilhões no acumulado de 2024 até novembro. O valor é o maior da série histórica do BC (banco central) que começou em 2002, considerando dados não corrigidos pela inflação. Os números foram divulgados pela instituição nesta segunda-feira (30) segundo o Valor Econômico.

O déficit das estatais considera os resultados das empresas federais, estaduais e municipais, mas exclui empresas do grupo Petrobras e empresas financeiras, como Banco do Brasil e Caixa. No mesmo período do ano passado, o déficit foi de R$ 3,211 bilhões.

As estatais federais tiveram deficit de R$ 6,041 bilhões ante R$343 milhões no período de 2023. Estaduais tiveram um déficit de R$ 3,170 bilhões, contudo, estatais municipais marcaram superávit de R$103 milhões até novembro.

Ministério diminui resultado

Em novembro, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) explicou que o déficit sozinho não é o dado mais importante para avaliar as empresas, pois considera apenas as receitas e despesas do ano atual, sem incluir o dinheiro acumulado de anos anteriores. Segundo o ministério, esses déficits não representam riscos imediatos.

“É comum empresas registrarem déficit primário mesmo com aumento do lucro se estiverem acelerando seus investimentos, na expansão/modernização dos negócios. Das 13 empresas que aparecem nas Estatísticas Fiscais do Banco Central, 10 apresentaram lucro contábil. Em resumo, os atuais déficits fiscais das estatais federais representam, em grande parte, a volta do investimento”segundo o MGI no período.

O ministério afirmou que os déficits não representam riscos para as contas públicas, já que não dependem de recursos do Tesouro, mas são cobertos pelo próprio caixa das estatais.

BC vai divulgar carta aberta sobre inflação acima da meta

BC (Banco Central) vai divulgar, em janeiro, uma carta aberta sobre a inflação acima da meta de 2024, após a confirmação do estouro com os dados do IBGE, de acordo com informações da “Reuters”. A autarquia espera que explicações sejam necessárias novamente em julho, devido às previsões de que a inflação siga acima da meta.

A carta com explicações para o descumprimento vai ser apresentada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o dia 10 de janeiro, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve divulgar a inflação oficial de 2024.

Quando elevou os juros para 12,25%, o BC já estava prevendo uma inflação de 4,9% em 2024, enquanto a meta oficial é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.