Georgia Sanches, gerente de desenvolvimento de negócios da Sumsub no Brasil e painelista da Blockchain Rio, enxerga avanços importantes no setor cripto, mas reforça que ele ainda é imprevisível. “O mercado está mais estável do que antes, porém ainda muito dinâmico”, pontua. Segundo ela, apesar da melhora, ainda há espaço para mudanças rápidas, especialmente com o crescimento da tecnologia.
Além disso, Georgia acredita que o ecossistema continuará evoluindo nos próximos anos. Por isso, empresas precisam se adaptar rapidamente para acompanhar o ritmo da inovação.
Adoção da tecnologia depende da funcionalidade, não da idade
Muitos associam o crescimento da criptoeconomia a uma questão geracional. Entretanto, Georgia vê o desafio sob outro ponto de vista. “Não se trata da idade do usuário, e sim da facilidade de uso”, afirma. Para ela, mesmo os mais jovens não compreendem totalmente o funcionamento do blockchain. Por isso, a chave está em tornar o uso mais acessível e funcional.
Assim, a tecnologia pode atingir um público mais amplo, sem exigir conhecimento técnico aprofundado. Isso, segundo Georgia, acelera a adoção em massa.
Segurança digital avança com a tecnologia de verificação facial
A Sumsub investe fortemente em segurança digital. Conforme Georgia explica, a empresa desenvolveu internamente sua tecnologia de reconhecimento facial. “Detectamos deepfakes, usuários coagidos e até máscaras 3D”, revela. Dessa forma, o sistema garante uma verificação precisa e confiável, com análise de microexpressões e padrões de fundo.
Além disso, o Brasil apresenta números animadores. “A taxa de fraude gira em torno de 0,7%, bem abaixo da média mundial”, informa a executiva.
Blockchain no Brasil ganha força com regulação equilibrada
Nos últimos anos, o Brasil consolidou um ambiente regulatório mais aberto à inovação. Ainda assim, as autoridades mantêm o foco na proteção dos usuários. “Os reguladores brasileiros entenderam que o cripto precisava de controle, sem sufocar a inovação”, explica Georgia.
Hoje, práticas como Know Your Customer (KYC) e verificação facial já são comuns. Com isso, o mercado ganha mais transparência e confiabilidade.
Tecnologia da Sumsub vai além do setor cripto
Embora o foco principal seja o mercado cripto, a Sumsub atua em diversos setores. Georgia cita exemplos como apps de mobilidade, plataformas de educação e aplicativos de relacionamento. “Toda aplicação que envolve cadastro de usuários pode usar verificação facial para aumentar a segurança”, diz.
Por consequência, a tecnologia se torna um diferencial competitivo, oferecendo mais confiança e menos fricção na experiência do usuário.
Eventos como a Blockchain Rio moldam os próximos passos
Georgia participa da Blockchain Rio há quatro anos e destaca a importância do evento para o amadurecimento do setor. “É um momento em que todo o ecossistema se reúne. Empresas, governo e usuários discutem o futuro do mercado”, comenta.
Segundo ela, as trocas que ocorrem durante o evento influenciam decisões estratégicas e ajudam a acelerar o desenvolvimento de soluções.
Travel Rule e stablecoins devem liderar a próxima fase do mercado
Georgia acredita que a Travel Rule será fundamental para fortalecer as stablecoins. “Essa regra garante rastreabilidade e compliance nas transações digitais. Com ela, o mercado se torna mais seguro”, afirma.
Além disso, o uso crescente das stablecoins exige uma estrutura sólida de verificação. Por isso, Georgia defende que esses dois temas sejam prioridades nos debates futuros.
Painel no Blockchain Rio discutirá segurança e compliance
Para quem deseja aprofundar o conhecimento em cripto e regulação, Georgia convida o público para seu painel na Blockchain Rio. “Vamos discutir stablecoins, segurança e como a Travel Rule vai transformar o setor. Quem acompanha o mercado não pode perder”, conclui.