Política

BNDES assina acordo com Cepal

Segundo o BNDES, o objetivo é que as duas instituições realizem parceria para desenvolvimento de pesquisas

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou nesta segunda-feira (4) que o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, assinou um memorando de entendimento junto com o secretário-executivo da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), José Manuel Salazar-Xirinachs.

Segundo o órgão instalado, o objetivo é que as duas instituições realizem parceria técnica para desenvolvimento de pesquisas e publicação de trabalhos conjuntos.

O acordo foi firmado durante evento de celebração dos 75 anos da Cepal, em Santiago, no Chile.

“A América Latina precisa buscar mais interações entre os países do Sul global, como temos feito, por exemplo, no Brasil, na política externa do presidente Lula, em fortalecer e ampliar os BRICS”, disse Mercadante, segundo a nota oficial do banco de fomento.

“Acho que esse novo cenário de mudança geopolítica, junto com uma mudança do padrão tecnológico numa indústria 4.0 e da crise climática, abre um espaço para a América Latina se reposicionar”, acrescentou.

O presidente do BNDES ainda defendeu, durante o evento, o papel da Cepal como “um centro de referência fundamental no pensamento econômico desenvolvimentista, estruturalista e inovador, que combina desenvolvimento econômico e combate à desigualdade” no continente.

BNDES e MMA relançam Fundo Clima com aporte de R$ 10 bilhões

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima foi retomado em agosto com aporte de R$ 10 bilhões para financiar projetos que ajudem na mitigação e na adaptação à crise climática.

O valor foi anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O aporte foi aprovado na 34ª reunião do Comitê Gestor do Fundo Clima, cuja governança participativa foi retomada após quatro anos de paralisação virtual.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, a ministra Marina Silva e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, participaram da cerimônia de abertura.

“O Brasil deixou de ser o negacionista do mundo para ser o grande líder no combate às mudanças climáticas, liderar o combate ao aquecimento e boas políticas na área do clima”, disse Alckmin, ressaltando a queda de 42% da área sob alerta de desmatamento na Amazônia de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano anterior.

O aporte de R$ 10 bilhões será para a linha de financiamento reembolsável do Fundo Clima, gerida pelo BNDES.