Justiça do DF

Bolsonaro pode pagar dívida que Jair Renan discute com banco

Recentemente, o banco solicitou à Justiça a apreensão de bens de Renan após os credores não conseguirem intimá-lo para efetuar a cobrança

Jair Renan Bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou a decisão de quitar a dívida de R$ 360 mil de seu filho 04, Jair Renan, junto ao banco Santander. O impasse judicial está em andamento na 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos de Brasília, conforme divulgado pela reportagem do Correio Braziliense.

Os advogados de Jair Renan Bolsonaro apresentaram uma proposta de renegociação da dívida do filho de Jair Bolsonaro com um banco privado. 

De acordo com fontes próximas, o ex-presidente estaria disposto a saldar o débito do filho, alegando que este seria vítima de um golpe por parte de um ex-sócio.

Recentemente, o banco solicitou à Justiça a apreensão de bens de Renan após os credores não conseguirem intimá-lo para efetuar a cobrança. Inicialmente, o endereço registrado da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia era o estádio Mané Garrincha, em Brasília. 

No entanto, Jair Renan atualmente reside em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, onde se apresenta como pré-candidato a vereador e trabalha no gabinete regional do senador Jorge Seif (PL-SC), com salário de R$ 9.500 reais.

A dívida em questão está sendo discutida na 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos de Brasília, e está relacionada ao processo no qual Jair Renan é alvo por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. 

“O banco também foi lesado pelo estelionatário e não quer saber se ele (Jair Renan) foi vítima de golpe. O que a gente pode fazer é pagar no banco e depois ir cobrar do estelionatário, que é o Maciel. Por isso fizemos a proposta”, diz o advogado Admar Gonzaga.

Jair Renan vira réu por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica

Em março, o filho 04 de Bolsonaro tornou-se réu após a Polícia Civil do Distrito Federal apontar em investigação que ele e seu sócio e instrutor de tiro, Maciel Alves, utilizaram informações falsas da empresa de eventos para obter empréstimos bancários.

 O inquérito revela que Maciel criou uma pessoa fictícia para abrir uma conta bancária e que a empresa fraudou receitas fictícias no valor de 4,6 milhões de reais para garantir a aprovação dos empréstimos – foram três no total, entre 2022 e 2023, totalizando 291.000 reais.

Como a dívida não foi quitada, o banco decidiu tomar medidas legais contra o filho do ex-presidente, resultando na determinação judicial para pagamento corrigido no valor de 360.000 reais.