
O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira (18) a conclusão das negociações fitossanitárias que autorizam a exportação de feijão comum e feijão-fradinho para quatro países da União Econômica Euroasiática: Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão. Além disso, esses mercados representam cerca de 36 milhões de habitantes e ampliam a presença do feijão brasileiro no Leste Europeu.
Enquanto isso, o setor vive um período de forte expansão. Entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil exportou cerca de 501 mil toneladas de feijão, volume recorde desde 1997.
Mercado internacional já vinha em crescimento
Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 38 milhões em feijão para esses quatro destinos. Nesse sentido, a Armênia liderou as compras, com US$ 26,3 milhões.
Com a formalização dos acordos, o governo prevê aumento expressivo no fluxo comercial. Além disso, o Brasil já soma 519 novas oportunidades externas desde 2023, reforçando a estratégia de diversificação de mercados do agronegócio.
O feijão comum, base da alimentação brasileira, encontra aceitação internacional e atende varejo e indústria. Por outro lado, o feijão-fradinho tem maior força econômica e social no Norte e Nordeste, pois gera renda local e estimula pequenos produtores. Dessa forma, o novo acordo pode beneficiar diferentes regiões do país.
Cenário de expansão para 2026
As exportações de feijão atingiram 500 mil toneladas em 2025, alta de 45% em relação ao ano anterior. Entretanto, especialistas acreditam que existe espaço para crescer ainda mais.
A possível abertura do mercado chinês pode adicionar 500 mil toneladas de feijão mungo por ano e outras 200 mil toneladas de guandu. Consequentemente, o feijão tende a ganhar mais relevância na pauta agrícola.
As negociações definiram requisitos fitossanitários para evitar pragas e doenças. Assim, o Ministério da Agricultura conduziu a parte técnica, enquanto o Ministério das Relações Exteriores cuidou do diálogo diplomático.
O governo afirma que a abertura de mercados segue como prioridade. Por isso, a meta é ampliar a presença internacional com previsibilidade e regras claras.
Empresários do setor afirmam que o avanço das exportações ocorreu sem pressão sobre preços no mercado brasileiro. Mesmo assim, monitoramentos continuam. O Brasil reforça sua posição como grande exportador de leguminosas e amplia a lista de destinos do feijão nacional.