A economia brasileira iniciou o segundo trimestre de 2025 com crescimento acima do esperado em abril, apesar de ter mostrado desaceleração em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo BC (Banco Central), antes de sua reunião de política monetária.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), teve expansão de 0,2% em abril, em dado dessazonalizado.
O resultado mostrou uma redução no ritmo de crescimento frente à alta de 0,7% em março, número revisado pelo BC — anteriormente informado como avanço de 0,8%. Ainda assim, a leitura do mês ficou acima da expectativa do mercado, que projetava ganho de 0,1%, segundo pesquisa da Reuters. Foi, porém, a menor expansão desde dezembro de 2024.
“A desaceleração do PIB deve ser bastante gradual, com o dado de abril indicando desaceleração na margem. Os antecedentes de maio indicam o mesmo movimento de esfriamento da atividade doméstica”, avaliou Leonardo Costa, economista do ASA, de acordo com o Money Times.
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Na comparação anual, o índice de atividade econômica do Brasil registrou alta de 2,5%, enquanto no acumulado de 12 meses apresentou ganho de 4,0%, segundo dados não dessazonalizados.
Brasil: desempenho setorial em abril
Em abril, o principal impulso veio do setor de serviços, que cresceu 0,4%, segundo a abertura dos dados do BC. Por outro lado, houve retrações de 0,9% na agropecuária e de 1,1% na indústria no mesmo período.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que, em abril, o setor de serviços apresentou crescimento pelo terceiro mês seguido, de 0,2%. Já as vendas no varejo interromperam uma sequência de três meses de alta, com queda de 0,4%, enquanto a produção industrial avançou apenas 0,1%, abaixo das expectativas.
Análise e perspectivas
“Os números divulgados ficaram em linha com as leituras das últimas semanas dos principais indicadores setoriais divulgados pelo IBGE, que apontam para um gradual processo de arrefecimento da economia brasileira frente a um cenário macroeconômico adverso — política monetária contracionista, inflação elevada e aumento das incertezas domésticas e externas —, o que reforça a percepção de resiliência da atividade econômica”, avaliou, em nota, a equipe da Genial Investimentos.
