62º lugar

Brasil cai duas posições em ranking de competitivdade

Com a queda, o Brasil se aproxima dos últimos da lista: Venezuela (67º), Argentina (66º) e Gana (65º).; ao todo, o ranking reúne 67 países.

Brasil
Foto: Pixabay

O Brasil caiu duas posições no ranking que mede a competitividade das nações, produzido pelo IMD (Institute for Management Development), com sede na Suiça. O país aparece agora em 62º lugar.

Com a queda, o Brasil se aproxima dos últimos da lista: Venezuela (67º), Argentina (66º) e Gana (65º). Ao todo, o ranking reúne 67 países.

O levantamento, que chega à 36ª edição em 2024, leva em consideração 336 indicadores econômicos dos países analisados, agrupados em quatro grupos. Neste ano, três países foram incluídos no estudo: Nigéria, Gana e Porto Rico.

Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC) e líder da pesquisa no Brasil, esclarece que a competitividade dos países não se resume apenas ao PIB e à produtividade, visto que as empresas também têm que lidar com aspectos políticos, sociais e culturais.

“Os governos devem fornecer um ambiente favorável ao desenvolvimento e crescimento de negócios, com infraestruturas, instituições e políticas adequadas e eficientes que incentivem as empresas”, explicou Tadeu.

Entre os quatro principais fatores do levantamento, que traz uma análise comparativa das economias, o Brasil aparece com a pior posição no indicador de “eficiência governamental” (65º), puxado pelos resultados ruins em custo de capital e igualdade de oportunidades.

Em “eficiência empresarial” (61º lugar), a dívida corporativa e a produtividade e qualidade da mão de obra pesam no resultado.

O indicador de “performance econômica” (38º) é o que o país tem o melhor desempenho, alavancado pelo crescimento na oferta de empregos e no PIB real per capita.

Em “infraestrutura”, o Brasil aparece na 58ª posição, com gargalos em conhecimento e tecnologia.

O subfator em que o Brasil aparece mais bem posicionado nos indicadores avaliados é o de subsídios governamentais, em quarto lugar. O estudo aponta para a criação do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fator que puxou esse indicador, com previsão de investir R$ 1,4 trilhão até 2026.

Em outros quatro indicadores, o país aparece bem posicionado, em quinto lugar: crescimento de longo prazo de emprego; crescimento do PIB real per capita; fluxo de investimento direto estrangeiro; e energias renováveis.

Confira as 10 nações mais competitivas

1º Singapura
2º Suíça
3º Dinamarca
4º Irlanda
5º Hong Kong
6º Suécia
7º Emirados Árabes Unidos
8º Taiwan
9º Holanda
10º Noruega

Confira as 10 últimas nações no ranking de competitividade

58º Bulgária
59º Eslováquia
60º África do Sul
61º Mongólia
62º Brasil
63º Peru
64º Nigéria
65º Gana
66º Argentina
67º Venezuela