O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu o potencial do Brasil como referência em energia renovável e exaltou a economia brasileira.
“O Brasil, líder na geração de energia renovável, com 89,2% de sua matriz energética limpa, é, de longe, o país do G20 em melhores condições para atrair investimentos que cada vez vão exigir mais descarbonização da economia”, disse o presidente do BNDES, de acordo com a “CNN”.
Em seu discurso, Mercadante apontou que o Brasil pode ser um “ativo” rentável e seguro. Ele também destacou o avanço da economia nacional.
“O Brasil está vivendo uma grande janela de oportunidades. […] O verdadeiro risco do Brasil é você ir para lá e não querer mais voltar”, acrescentou.
A CCBE tem o objetivo de promover relações comerciais entre a Espanha e outros países. A nação europeia é o segundo maior investidor no Brasil, com forte presença nos setores de telecomunicações, energia, seguros e aeroportos.
“Estamos com a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, 7,4%. Com o maior volume de trabalhadores empregados da história econômica do Brasil, 100 milhões de empregados. Geramos, em um ano e meio, 1,75 milhão de trabalhadores com carteira assinada”, disse Mercadante.
Ele também pontuou que, em média, a renda básica da população brasileira, nos últimos 12 meses, cresceu 6,1% e que o PIB (Produto Interno Bruto) já avançou 0,8% e o investimento 4,1%, indo na contramão das expectativas.
“Havia um ceticismo muito grande no início do governo Lula, a previsão de crescimento era de 0,7% e nós crescemos 2,9%”, declarou.
“É o primeiro em carne, em soja, é o primeiro em suco de laranja, em café, em açúcar, tem a maior reserva de água doce do planeta, 14%, tem a reserva mais importante florestal que é a Amazônia. É o país da biodiversidade e, por tudo isso, tem um papel na energia, na indústria e na agricultura”, acrescentou ele.
Energia: mercado aquece no Brasil com geração distribuída
A geração de energia elétrica de consumo ou em área próxima, comumente conhecida como GD (geração distribuída), oriunda de energia solar (sistemas fotovoltaicos), tem potencial para gerar economia líquida na conta de energia da população brasileira superior a R$ 84,9 bilhões até 2031.
Os dados são do estudo encomendado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e realizado pela consultoria Volt Robotics.
Em maio, a energia gerada em sistemas próprios com tecnologia fotovoltaica superou 29 GW (gigawatts) de potência instalada em operação nacional, conforme dados da Absolar. O total de unidades consumidoras beneficiadas com o uso de energia solar superou os 3,7 milhões no Brasil.