A taxa de desocupação no Brasil foi de 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano, apontou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na PNAD Contínua divulgada nesta sexta-feira (29).
Isto representa um recuo de 0,6 p.p. (ponto percentual) frente ao trimestre de maio a julho de 2024, quando o percentual foi de 6,8%, e de 1,4 p.p. em relação ao trimestre até outubro de 2023, com uma taxa de 7,6%. A atual taxa é a menor da série histórica da PNAD Contínua no país, iniciada em 2012.
A população desocupada (6,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,0% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e -17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Enquanto isso, a população ocupada (103,6 milhões) teve um novo recorde da série histórica, crescendo em ambas as comparações: 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 58,7%, recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,8 p.p. no trimestre (57,9%) e 1,5 p.p. (57,2%) no ano.
Já a população desalentada no Brasil (3,0 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), recuando nas duas comparações: -5,5% (menos 176 mil pessoas) no trimestre e -11,7% (menos 403 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) recuou 0,2 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.
Industria cresce
Na análise por grupamento de atividade, três grupos cresceram em relação ao trimestre de maio a julho: a Indústria Geral (2,9%, ou mais 381 mil pessoas), Construção (2,4%, ou mais 183 mil pessoas) e Outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Já rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal cresceu em duas categorias em relação ao trimestre finalizado em julho: Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 146) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais R$ 188).
Número de empregados no setor privado do Brasil cresceu
O número de empregados no setor privado (53,4 milhões) foi recorde, com altas de 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano. A quantidade de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) também foi recorde: 39,0 milhões.
Houve alta de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (14,4 milhões) também foi recorde, com altas de 3,7% (mais 517 mil pessoas) no trimestre e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.
No setor público não foi diferente. O número de empregados chegou a uma máxima histórica de 12,8 milhões, ficando estável no trimestre e subindo 5,8% (699 mil pessoas) no ano.
Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) ficou estável nas duas comparações. Já o número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) cresceu 2,3% (mais 134 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores informais), contra 38,7 % (ou 39,4 milhões) no trimestre encerrado em julho e 39,1 % (ou 39,2 milhões) no mesmo trimestre de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.255) ficou estável no trimestre cresceu 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.
A força de trabalho do Brasil(pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de agosto a outubro de 2024, chegou a 110,4 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,9% (mais 989 mil pessoas) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 e 1,8% (mais 2,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.