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O CEO (diretor executivo) da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou em evento que o peso do Brasil nos índices de mercados emergentes está “com viés de baixa”. O valor ,que já fora situado a 17%, hoje está na casa dos 4%. Como apurou o jornal Valor Econômico.
“Chega num ponto em que o gestor global fecha posições no time dedicado ao Brasil, deixa de olhar o mercado e compra ETF (Fundo de Índice), vai ter menos analistas cobrindo as ações”, destacou Finkelsztain, que afirmou haver possibilidade de reverter a tendencia.
O dirigente explicou que acionistas estão espantados com o apreçamento dos ativos nacionais, uma subvalorização que só tem sido justificado pela espera. “O câmbio estável ajudaria”, reforçou.
Atrás na corrida
O momento é de dificuldade para gestores de recursos internacionais interpretarem os sinais que o presidente Donald Trump vem dando sobre quais de suas promessas virão para a realidade. O CEO da B3 destacou que o Brasil poderia se beneficiar da desconfiança do mercado com o cenário norte-americano.
Justificou que há chance de rebalanceamento para os países emergentes, mas estamos atrasados na disputa de atratividade. Finkelsztain ainda comentou sobre 25 propostas que o presidente da Câmara, Hugo Motta, levou ao ministro Fernando Haddad, mas que teme serem perdidas nas promessas de campanha do presidente Lula.
“Não é isso o que o Brasil precisa, precisa trocar o discurso de que está cumprindo o arcabouço no curtíssimo prazo para um em que não tenha problema de default no médio e longo prazo. A visão de arcabouço não é para o mês ou trimestre que vem, é para os próximos três a cinco anos”, concluiu.
Brasil registra maior saída de capital estrangeiro em oito anos; entenda
A B3 iniciou 2025 com um saldo negativo em relação ao investimento estrangeiro. Até o dia 6 de janeiro, a bolsa brasileira já havia registrado a retirada de R$3,04 bilhões em recursos, além disso, o país bateu recorde de saída desse tipo de capital em 2024. Esses fatores contribuíram para a queda de 10% no Ibovespa no ano recém encerrado.
A entrada de investimento estrangeiro é importante pois ajuda na liquidez e dinamismo do mercado interno, fatores bem vindos para empresas que buscam resultados de curto prazo, contudo, apenas quatro meses viram entrada de capital estrangeiro em 2024, é a maior saída líquida de recursos desde 2016.