A BYD pretende ter dois modelos com design especial para os brasileiros até o fim de 2025, disse a vice-presidente executiva global da montadora, Stella Li, segundo informações do “Valor Econômico”.
A produção de veículos específicos para o Brasil vai ser um diferencial da fábrica da BYD em Camaçari (BA), com inauguração prevista para março do ano que vem. A empresa pretende contratar pelo menos 2 mil pessoas para trabalhar com pesquisa e desenvolvimento no país, afirmou Li ao “Valor Econômico”.
Porém, desenvolver veículos híbridos movidos a etanol é uma prioridade ainda maior que os carros adaptados ao gosto brasileiro, para “levar uma tecnologia brasileira para o mundo todo“, afirmou o vice-presidente sênior da empresa, Alexandre Baldy, em evento da montadora em Camaçari na última segunda-feira (2).
Na ocasião, a fabricante anunciou o lançamento de seu primeiro motor híbrido flex movido a etanol. O equipamento, produzido no Brasil, deve equipar os modelos Song Pro.
Li também veio ao país para participar do evento e se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem anunciou um aumento de 10 mil para 20 mil vagas diretas e indiretas a serem geradas pela fábrica na Bahia.
Metade das vagas anunciadas deve ser preenchida entre janeiro e agosto de 2025, segundo a empresa. A partir de janeiro, a BYD vai anunciar os detalhes de um programa de contratações que promete movimentar profissionais da Bahia e de outros estados.
A BYD celebrou, na semana passada um recorde de vendas no Brasil em novembro, com 12.308 veículos comercializados nas 150 concessionárias, em todos os estados do país. “Nossa meta é consolidar a BYD entre as três marcas que mais vendem no país nos próximos cinco anos”, destacou Baldy.
Denúncias de más condições de trabalho na fábrica da BYD
No final de novembro, uma denúncia anônima apontou más condições de trabalho e agressões na planta de Camaçari.
Em nota, a empresa disse ter “determinado às empresas prestadoras de serviços responsáveis pelas obras que solucionem todos os pontos observados e que envolvidos em casos de agressão sejam proibidos de entrar no local e tenham os vistos de trabalho cancelados”.