O atual presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, avalia gerenciar uma empresa de tecnologia financeira em Miami após o fim do seu mandato no banco, em dezembro. A informação foi dita por fontes próximas ao economista.
Além de ser uma capital financeira para a América Latina, Miami também permitiria que o atual presidente do BC ficasse próximo de parentes que vivem por lá.
Após o fim do seu mandato, Campos Neto precisará respeitar uma quarentena de seis meses determinada pela legislação brasileira. Após esse período, ele estará apto a ocupar um cargo no mercado financeiro.
Sob o comando de Campos Neto, o BC do Brasil tornou-se referência global em tecnologia de pagamento devido ao Pix.
Durante a palestra “Cenário Econômico e Agenda BC”, no Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo (COPS/ACSP), ele destacou publicamente a importância da tecnologia, especialmente em comunidades do interior e para pequenos comerciantes e ambulantes.
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No entanto, ele destacou que o Pix é apenas uma parte da agenda tecnológica do BC. “Ainda temos muito trabalho”, afirmou Campos Neto.
Lula culpa Campos Neto pelo atraso do crescimento econômico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva renovou suas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, culpando-o por supostamente contribuir para o retardamento do crescimento econômico do Brasil.
“Não tem nenhuma explicação os juros da taxa Selic estarem a 11,25% [ao ano]. Não existe nenhuma explicação econômica, nenhuma explicação inflacionária, não existe nada”, afirmou Lula em entrevista ao SBT, exibida na noite desta segunda-feira (11).
Lula não mencionou diretamente o nome do presidente do BC, preferindo se referir a ele como “esse cidadão”. No entanto, expressou sua disposição para ter “conversas civilizadas” com o presidente do Banco Central. Lula destacou sua expectativa de que Campos Neto teria sido mais prudente e ágil na implementação dos cortes de juros.
