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CBF: Samir Xaud, novo Presidente, terá salário anual de R$ 5 mi

Ednaldo Rodrigues recebia R$ 383,6 mil mensais como presidente da CBF, com aumentos salariais para aliados chegando a R$ 215 mil.

Foto: Federação Roraimense de Futebol/FRF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai anunciar seu novo presidente, Samir Xaud, nos próximos dias. 

Eleito para a Federação Roraimense de Futebol (FRF), Samir será o principal candidato para a presidência da CBF. 

Contudo, ele não deve assumir o cargo imediatamente e vai concorrer com chapa única para o posto máximo do futebol brasileiro. 

Portanto, essa mudança trará impactos importantes, especialmente na remuneração e na representatividade da entidade na Fifa.

Quanto ganha o novo presidente da CBF? Salário alto mantém padrão na gestão da CBF

Antes do afastamento de Ednaldo Rodrigues, a CBF pagava um salário alto ao seu presidente. 

Ele recebia R$ 383,6 mil por mês, totalizando aproximadamente R$ 5 milhões por ano, incluindo o 13º salário. 

O Conselho Fiscal da CBF aprova esses valores, pois a entidade é particular e não utiliza verba pública para esses pagamentos. 

Por isso, o novo presidente deve manter esse padrão salarial.

Fim da vaga do Brasil no Conselho da Fifa altera benefícios do novo presidente da CBF

Ednaldo acumulava renda extra como conselheiro da Fifa. 

Esse cargo traz benefícios e uma remuneração anual de cerca de R$ 1,4 milhão. 

Contudo, Samir Xaud não terá direito a essa renda porque a Conmebol retirou a vaga do Brasil no Conselho da Fifa. 

Agora, essa cadeira está com Claudio “Chiqui” Tapia, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA). 

Além disso, essa decisão é temporária, e uma nova eleição acontecerá em 2027 para definir o representante fixo do continente na entidade máxima do futebol.

Afastamento de Ednaldo Rodrigues

A CBF passa por uma mudança após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). 

O tribunal baseou a decisão em suspeitas de falsificação de assinatura em um documento homologado no STF, que manteve Ednaldo no cargo no começo de 2024. 

Apesar do tribunal permitir que ele voltasse, Ednaldo decidiu não reassumir a presidência. Ele entrou com nova petição no STF para suspender a ação do TJ-RJ. 

Sua defesa afirma que Ednaldo trabalhou de forma honesta, sem provas de irregularidades. 

Além disso, a defesa menciona impactos negativos na vida pessoal dele e acusa exclusão política, citando sua condição de “nordestino negro” na liderança da CBF.

Desafios e expectativas para o novo presidente da CBF, Samir Xaud

A transição da presidência da CBF traz desafios e mudanças. 

O novo presidente terá que conduzir a entidade em um momento delicado, cuidar das finanças e garantir a legitimidade da gestão. 

Entretanto, a questão da representatividade do Brasil na Fifa permanece indefinida e deve ganhar atenção nos próximos anos.