A parcela de endividados e de inadimplentes caiu em janeiro, segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A renda cresceu no orçamento das famílias, destinadas a quitar dívidas, atingindo menor proporção em oito meses.
No estudo, a parcela dos que se declararam endividados caiu de 76,6% para 76,1% de dezembro de 2024 para janeiro de 2025. O percentual em janeiro de 2024 era de 78,1%. As informações foram apuradas pelo “Valor”.
A proporção de endividados com dívidas em atraso ficou em 29,1%, proporção menor do que a registrada em dezembro de 29,3%. Entre inadimplentes sem condições de quitar seus empréstimos, a fatia ficou em 12,7% em janeiro.
A fatia no orçamento destinada a quitar crédito foi de 30% em janeiro desse ano. Não somente ficou acima de dezembro de 2024 (29,8%) como foi a maior desde maio de 2024, 30,1%.
Governo estima perda de até R$ 106 bi com renegociação de dívidas
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima uma perda de cerca de R$ 106 bilhões em cinco anos com a nova lei de renegociação das dívidas dos estados, sancionada recentemente.
O cálculo considera um cenário em que todos os estados que possuem dívidas com a União optem por aderir ao Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados). O impacto fiscal estimado gira em torno de R$ 21 bilhões ao ano e não será contabilizado no cumprimento das metas fiscais.
Segundo o Ministério da Fazenda, que embasou a decisão do presidente Lula de sancionar o projeto aprovado pelo Congresso Nacional, o total da dívida dos estados com a União é de cerca de R$ 760 bilhões. Segundo a “Exame”, somente Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul respondem por 90% desse total.
O projeto sancionado prevê que os juros das dívidas dos entes federativos com a União sejam zerados, ficando os montantes corrigidos apenas pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).